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Partido de Bolsonaro elege oito senadores e terá maior bancada a partir de 2023

Os partidos que mais conquistaram cadeiras no Senado neste ano foram PL (oito), União Brasil (cinco) e PT (quatro)

Plenário do Senado  (Adriano Machado/Reuters)

Plenário do Senado (Adriano Machado/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 2 de outubro de 2022 às 23h03.

Última atualização em 6 de outubro de 2022 às 20h41.

Os eleitores escolheram neste domingo, 2, quem ocupará as 27 vagas abertas no Senado para mandatos até 2030. No total, o Congresso conta com 81 senadores, que assumem mandatos de oito anos. Nas eleições de 2022, o voto foi para repor um terço desse total, 27 senadores. Cada unidade da federação (estados e Distrito Federal) elegeu um senador.

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Os partidos que mais conquistaram cadeiras no Senado nas eleições de 2022 foram PL (oito), União Brasil (cinco) e PT (quatro). No total, nove partidos conseguiram eleger senadores neste ano. O PP elegeu três senadores. O Republicanos e o PSD, dois cada. MDB, PSB, PSC, elegeram um senador cada.

A partir de 2023, 15 partidos terão representação no Senado. O PL contará com uma bancada de 13 a 15 senadores, a depender do resultado das eleições para governadores estaduais -- dois senadores do PL estão na disputa no segundo turno: Marcos Rogério, em Rondônia, e Jorginho Mello, em Santa Catarina. 

Se os dois forem eleitos, a bancada do PL ficará com 13 senadores, porque os suplentes são de outras legendas (do MDB, em Santa Catarina, e do PSDB, em Rondônia). Mas, se Marcos Rogério e Jorginho Mello forem derrotados, a bancada do PL chegará a 15 senadores.

A segunda maior bancada do Senado, a partir de 2023, será a do PSD, que garantiu 11 cadeiras. O MDB e o União Brasil vêm logo em seguida, com pelo menos nove senadores cada, mas os dois podem chegar a dez. Se Jorginho Mello (PL-SC) vencer a eleição em Santa Catarina, quem assume a vaga no Senado é a suplente dele, Ivete da Silveira, do MDB. 

Já o União Brasil pode ter dez cadeiras se o senador Rodrigo Cunha (União Brasil-AL) perder a eleição para o governo de Alagoas e voltar para terminar o mandato no Senado. Se ele vencer o pleito, no entanto, quem assume a vaga no Senado é a suplente, Dra. Eudócia, do PSB.

O PSB, a princípio, terá um senador, a não ser que a suplente de Rodrigo Cunha assuma a partir do ano que vem. O PSDB tem quatro garantidos, mas pode chegar a cinco, a depender do resultado em Rondônia. Se Marcos Rogério (PL-RO) vencer a disputa pelo governo do estado, a cadeira de senador vai para o suplente, Samuel Araújo, do PSDB.

Com a eleição de quatro senadores em 2022, o PT garantiu oito cadeiras no Senado, mas pode chegar a nove, se o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que disputa o governo do Sergipe no segundo turno, perder nas urnas e voltar para terminar o mandato de senador. 

O PP e o Podemos terão seis senadores cada; o Republicanos e o PDT, três. Os outros partidos com representação no Senado a partir do ano que vem — Cidadania, Pros, PSC e Rede — terão um senador cada.

Cadeiras ainda indefinidas:

  • Alagoas: pode ser União Brasil ou PSB
  • Rondônia: pode ser PL ou PSDB
  • Santa Catarina: pode ser PL ou MDB
  • Sergipe: pode ser PT ou PSD

 

O que faz um senador?

Os senadores são os representantes dos estados no Congresso. Por isso, o número não varia de acordo com a população local, como acontece com os deputados federais. Cada estado e o Distrito Federal têm três senadores na Casa. Eles são eleitos para mandatos de oito anos, pelo sistema majoritário: vence o candidato que conseguir mais votos.

Além da tarefa de legislar — propor, discutir e aprovar leis — e de fiscalizar o governo federal, cabe aos senadores julgar o presidente da República por crime de responsabilidade e aprovar ou rejeitar indicações do presidente para cargos de autoridade, como de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

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