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Parteiras querem ser reconhecidas como patrimônio imaterial do País

Apesar de não haver uma estatística oficial, estima-se que sejam realizados 40 mil partos domiciliares no País ao ano

Mullher grávida recebe cuidados médicos antes do parto (©AFP/Archives / Jean Ayissi)

Mullher grávida recebe cuidados médicos antes do parto (©AFP/Archives / Jean Ayissi)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 19h22.

São Paulo - Depois da roda de capoeira, do acarajé baiano e do toque dos sinos de Minas Gerais, chegou a vez de os chás, as rezas e as massagens que servem de pano de fundo para muita gente chegar ao mundo se tornarem patrimônio nacional. É que a ONG Instituto Nômades encaminhou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) um inventário e uma solicitação do registro do ofício da parteira tradicional como bem cultural de natureza imaterial.

"A maioria das parteiras é idosa e o saber acumulado por elas encontra-se sob ameaça de desaparecimento diante de um contexto que inclui a oralidade desse saber, o desinteresse das novas gerações pelo ofício e a pouca valorização da profissão em nossa sociedade", afirma Júlia Morim, antropóloga do Instituto Nômades. "Partejar não é só retirar o bebê. Precisamos preservar esse saber coletivo que reforça a identidade de um povo".

Apesar de não haver uma estatística oficial, estima-se que sejam realizados 40 mil partos domiciliares no País ao ano, a maioria deles assistida por parteiras tradicionais das Regiões Norte e Nordeste. Para fazer o inventário, a ONG localizou e entrevistou 165 parteiras das 871 residentes no Estado de Pernambuco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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