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Parlamentares se espantam com morte de coronel

Coronel reformado foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira no sítio em que morava em Nova Iguaçu

Ex-agente do Centro de Informações do Exército, Paulo Malhães: coronel relatara ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar no Brasil (Divulgação/Comissão da Verdade)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 21h21.

Brasília - Parlamentares receberam "com espanto" a notícia da morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães e cobraram a entrada da Polícia Federal nas investigações. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade em março, Malhães relatara ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar no Brasil.

Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a morte do militar foi um "crime político para apagar as marcas do arbítrio e da tortura". "É urgente e necessário a entrada da Polícia Federal no caso do assassinato de Paulo Malhães para esclarecer o ocorrido", cobrou o senador.

O coronel reformado foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira no sítio em que morava em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Seu corpo apresentava marcas de asfixia, segundo a Polícia Civil.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Assis do Couto (PT-PR) lamentou o ocorrido e argumentou que Malhães tinha importantes informações sobre o período militar no País. "Recebi (a notícia) um pouco chocado e com espanto, porque a gente estava tratando desse assunto (na comissão)", relatou o deputado. Ele evitou comentar, no entanto, sobre possíveis motivações políticas do crime.

"É a perda de alguém que estava, nesse ponto de vista, contribuindo para informações necessárias neste momento da história", disse o deputado. Ele também pontuou que as circunstâncias da morte de Malhães podem prejudicar o trabalho da Comissão Nacional da Verdade e de outros órgãos que apuram fatos ocorridos no regime militar, uma vez que testemunhas podem ter medo de prestar novos depoimentos.

A Comissão de Direitos Humanos aprovou nesta semana um requerimento para realizar uma audiência pública para debater a chamada Chacina do Parque, ocorrida em 1974 no Parque Nacional de Iguaçu, quando seis pessoas foram mortas. Malhães - um dos convidados a comparecer na audiência - havia dito em depoimento à Comissão Nacional da Verdade ter participado da chacina.

De acordo com o relato da viúva do coronel Cristina Batista Malhães, três homens invadiram o sítio de Malhães na noite de quinta-feira procurando armas. Cristina disse que ela e o caseiro foram amarrados e trancados em um cômodo, das 13h às 22h de quinta pelos invasores.

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Brasília - Parlamentares receberam "com espanto" a notícia da morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães e cobraram a entrada da Polícia Federal nas investigações. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade em março, Malhães relatara ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar no Brasil.

Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a morte do militar foi um "crime político para apagar as marcas do arbítrio e da tortura". "É urgente e necessário a entrada da Polícia Federal no caso do assassinato de Paulo Malhães para esclarecer o ocorrido", cobrou o senador.

O coronel reformado foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira no sítio em que morava em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Seu corpo apresentava marcas de asfixia, segundo a Polícia Civil.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Assis do Couto (PT-PR) lamentou o ocorrido e argumentou que Malhães tinha importantes informações sobre o período militar no País. "Recebi (a notícia) um pouco chocado e com espanto, porque a gente estava tratando desse assunto (na comissão)", relatou o deputado. Ele evitou comentar, no entanto, sobre possíveis motivações políticas do crime.

"É a perda de alguém que estava, nesse ponto de vista, contribuindo para informações necessárias neste momento da história", disse o deputado. Ele também pontuou que as circunstâncias da morte de Malhães podem prejudicar o trabalho da Comissão Nacional da Verdade e de outros órgãos que apuram fatos ocorridos no regime militar, uma vez que testemunhas podem ter medo de prestar novos depoimentos.

A Comissão de Direitos Humanos aprovou nesta semana um requerimento para realizar uma audiência pública para debater a chamada Chacina do Parque, ocorrida em 1974 no Parque Nacional de Iguaçu, quando seis pessoas foram mortas. Malhães - um dos convidados a comparecer na audiência - havia dito em depoimento à Comissão Nacional da Verdade ter participado da chacina.

De acordo com o relato da viúva do coronel Cristina Batista Malhães, três homens invadiram o sítio de Malhães na noite de quinta-feira procurando armas. Cristina disse que ela e o caseiro foram amarrados e trancados em um cômodo, das 13h às 22h de quinta pelos invasores.

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