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Parlamentares protocolam pedido de CPI Mista da JBS

O objetivo da CPMI será investigar a atuação do frigorífico JBS no mercado financeiro

JBS: um dos primeiros requerimentos apresentados na CPMI será o da convocação dos irmãos Batista para depoimento (Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: um dos primeiros requerimentos apresentados na CPMI será o da convocação dos irmãos Batista para depoimento (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2017 às 14h41.

Última atualização em 25 de maio de 2017 às 14h42.

Brasília - O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e o deputado Alexandre Baldy (PTN-GO) protocolaram nesta quinta-feira, 25, o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as operações financeiras da JBS, cujos donos e executivos incriminaram o presidente Michel Temer em delação premiada.

Segundo Baldy, o pedido foi protocolado com "mais de 200" assinaturas de deputados e "mais de 30" de senadores. Os apoiamentos serão conferidos pelos técnicos legislativos. Para que o colegiado seja instalado, são necessárias, no mínimo, 27 assinaturas de senadores e 171 de deputados federais.

A CPMI pode ser instalada logo após a leitura do ato de criação pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O colegiado será composto por 13 senadores e 13 deputados, a serem indicados pelos líderes partidários. De acordo com Baldy, o "acordo" é para que Ataídes seja o presidente da comissão e ele, o relator principal.

O objetivo da CPMI será investigar a atuação do frigorífico JBS no mercado financeiro. O requerimento distribuído pelo tucano aos parlamentares faz menção aos "danos causados" pela empresa ao mercado financeiro, em referência a uma suposta operação de compra de dólares por parte da companhia antes da divulgação do conteúdo das denúncias.

Segundo Ataídes, um dos primeiros requerimentos que será apresentado na CPMI será o da convocação dos irmãos Batista, Joesley e Wesley, para depoimento.

Eles são os donos da JBS e responsáveis pela delação que desestabilizou a gestão Temer. O senador tucano nega que a CPMI seja uma retaliação à delação dos empresários.

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