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Parada LGBT reúne multidão na Avenida Paulista

Parada deste ano teve como tema "Lei de Identidade de Gênero Já!"

Parada Gay: evento aconteceu neste domingo em São Paulo (REUTERS/Nacho Doce)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2016 às 18h13.

A 20ª edição Parada do Orgulho LGBT ( Gays , Lésbicas, Bissexuais, Transsexuais) neste domingo (29) na capital paulista, foi aberta às 13h10 com uma multidão ouvindo as palavras da Drag Queen Tchaka, que fez a apresentação do evento no primeiro dos 17 trios que desfilam este ano.

Com o tema Lei de Identidade de Gênero Já! Todas as pessoas contra a transfobia, a parada desenvolveu a ideia de dar visibilidade ao segmento T, ou seja, travestis, mulheres e homens transsexuais, com foco na luta pelos direitos civis e por menos preconceito da sociedade. Os trios saíram da Paulista no sentido Rua da Consolação. O show de encerramento está previsto para esta noite no Vale do Anhangabaú.

Daniela Marquezine, que é transsexual e participa da parada há cinco anos, contou que este é seu primeiro ano desfilando no trio das transsexuais. Para ela, o tema tem importância especial, devido ao número alto de transsexuais que morrem por preconceito.

“Queremos lutar contra isso mostrando para a sociedade que somos seres humanos e temos nossos direitos e lugar na sociedade. Não queremos nada além do nosso espaço. Queremos mudar a imagem de que a transsexual e a travesti são objetos sexuais, pois temos capacidade para muitas coisas”.

Para a recepcionista, Atena Joy, o Brasil é atrasado para lidar com as questões do segmento transsexuais, porque é o país onde há mais assassinatos dessas pessoas, e ela destaca a necessidade urgente da aprovação de uma lei de identidade de gênero.

“A sociedade é induzida a acreditar que nós vamos contaminar os filhos deles e que somos uma ameaça. Mas as pessoas já nascem assim. Precisamos da lei para pararmos de morrer nas esquinas. Queremos ter o direito à cidadania, que é o mínimo. O Brasil precisa mudar essa mentalidade machista e misógina”.

Angela Moisés foi uma das mães que ocupou o trio Mães pela Diversidade, o terceiro a desfilar. Com ela, outras mães desfilaram para chamar a atenção das famílias e da sociedade para a necessidade de aceitação da comunidade LGBT. Uma de suas filhas, homossexual, chegou a ser apedrejada na rua aos 16 anos.

“Nós entendemos que temos que botar a cara no sol e sair do armário com nossos filhos e filhas. Mostrar que não são filhos de chocadeira, que têm mãe, pai, irmãos. Queremos o fim da LGBT fobia, direitos iguais para nossos filhos, o fim de uma bancada fundamentalista que tenta dizer para o Brasil que família é só homem e mulher, porque família é amor”.

A advogada Dayse Cristina Eastwood tem uma filha homossexual que é bem recebida no seu meio e tem uma carreira consolidada como executiva de uma multinacional. Mesmo assim, ela decidiu apoiar a luta LGBT em nome dos filhos de outras mães, que ainda não conseguiram essa afirmação.

“Nossos filhos saem na rua e não sabemos se eles vão voltar. Minha filha tem a mulher dela, mas elas não andam de mãos dadas porque têm medo de agressão. A maior preocupação das mães hoje eu creio que seja essa”. Segundo ela, entre as letras LGBT, o segmento transsexuais é o que tem maior dificuldade para estudar, conseguir emprego, e por isso existe a luta.

Durante a parada grupos contrários ao governo aproveitaram para fazer manifestações. Eles distribuíram panfletos e fizeram intervenções. Em diversos momentos entoaram o coro com palavras de ordem pedindo a saída do atual governo.

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A 20ª edição Parada do Orgulho LGBT ( Gays , Lésbicas, Bissexuais, Transsexuais) neste domingo (29) na capital paulista, foi aberta às 13h10 com uma multidão ouvindo as palavras da Drag Queen Tchaka, que fez a apresentação do evento no primeiro dos 17 trios que desfilam este ano.

Com o tema Lei de Identidade de Gênero Já! Todas as pessoas contra a transfobia, a parada desenvolveu a ideia de dar visibilidade ao segmento T, ou seja, travestis, mulheres e homens transsexuais, com foco na luta pelos direitos civis e por menos preconceito da sociedade. Os trios saíram da Paulista no sentido Rua da Consolação. O show de encerramento está previsto para esta noite no Vale do Anhangabaú.

Daniela Marquezine, que é transsexual e participa da parada há cinco anos, contou que este é seu primeiro ano desfilando no trio das transsexuais. Para ela, o tema tem importância especial, devido ao número alto de transsexuais que morrem por preconceito.

“Queremos lutar contra isso mostrando para a sociedade que somos seres humanos e temos nossos direitos e lugar na sociedade. Não queremos nada além do nosso espaço. Queremos mudar a imagem de que a transsexual e a travesti são objetos sexuais, pois temos capacidade para muitas coisas”.

Para a recepcionista, Atena Joy, o Brasil é atrasado para lidar com as questões do segmento transsexuais, porque é o país onde há mais assassinatos dessas pessoas, e ela destaca a necessidade urgente da aprovação de uma lei de identidade de gênero.

“A sociedade é induzida a acreditar que nós vamos contaminar os filhos deles e que somos uma ameaça. Mas as pessoas já nascem assim. Precisamos da lei para pararmos de morrer nas esquinas. Queremos ter o direito à cidadania, que é o mínimo. O Brasil precisa mudar essa mentalidade machista e misógina”.

Angela Moisés foi uma das mães que ocupou o trio Mães pela Diversidade, o terceiro a desfilar. Com ela, outras mães desfilaram para chamar a atenção das famílias e da sociedade para a necessidade de aceitação da comunidade LGBT. Uma de suas filhas, homossexual, chegou a ser apedrejada na rua aos 16 anos.

“Nós entendemos que temos que botar a cara no sol e sair do armário com nossos filhos e filhas. Mostrar que não são filhos de chocadeira, que têm mãe, pai, irmãos. Queremos o fim da LGBT fobia, direitos iguais para nossos filhos, o fim de uma bancada fundamentalista que tenta dizer para o Brasil que família é só homem e mulher, porque família é amor”.

A advogada Dayse Cristina Eastwood tem uma filha homossexual que é bem recebida no seu meio e tem uma carreira consolidada como executiva de uma multinacional. Mesmo assim, ela decidiu apoiar a luta LGBT em nome dos filhos de outras mães, que ainda não conseguiram essa afirmação.

“Nossos filhos saem na rua e não sabemos se eles vão voltar. Minha filha tem a mulher dela, mas elas não andam de mãos dadas porque têm medo de agressão. A maior preocupação das mães hoje eu creio que seja essa”. Segundo ela, entre as letras LGBT, o segmento transsexuais é o que tem maior dificuldade para estudar, conseguir emprego, e por isso existe a luta.

Durante a parada grupos contrários ao governo aproveitaram para fazer manifestações. Eles distribuíram panfletos e fizeram intervenções. Em diversos momentos entoaram o coro com palavras de ordem pedindo a saída do atual governo.

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