Temer: "tenho feito reuniões no meu gabinete para tratar das questões legislativas e o PMDB está apoiando agora essas questões", afirmou (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2014 às 14h17.
São Paulo - O vice-presidente da República, Michel Temer, avalia que a falta de sintonia entre a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados e o governo federal "não deve assustar" e já começou a ser sanada.
Questionado se o desentendimento pode atrapalhar a reeleição da presidente Dilma Rousseff neste ano, Temer respondeu: "Eu espero que não e acho que não". As declarações foram dadas durante entrevista do vice-presidente em Criciúma (SC), onde ele participou da posse da diretoria executiva da Associação Empresarial de Criciúma, na noite desta quinta-feira, 20.
"Essas coisas não devem nos assustar. O PMDB é um partido muito poderoso, em primeiro lugar, mas com muitas opiniões muito fortes. Quando acontecem essas coisas no PMDB são logo resolvidas", afirmou o vice-presidente, depois de dizer que a questão "já está começando a ser sanada" a partir desta semana.
"Tanto que tenho feito reuniões no meu gabinete para tratar das questões legislativas e o PMDB está apoiando agora essas questões", afirmou.
Temer classificou ainda as recentes trocas de ministros como uma "coisa rotineira no quarto ano de governo" e como "consequência das eleições". O recente impasse entre o principal partido da base aliada de Dilma envolve desde a cobrança por mais espaço no governo à formalização de apoio do PT a candidaturas do PMDB nos Estados.
A demora na liberação de emendas parlamentares também está entre as queixas de peemedebistas.
Liderada pelo deputado Eduardo Cunha, a ala descontente do PMDB tem imposto derrotas ao governo na Câmara. Além da convocação de ministros para prestar esclarecimentos, o chamado "blocão" ainda dificulta a votação do Marco Civil da Internet. Nesta semana, Temer realizou reuniões com ministros de Estado e com Cunha.
As reuniões trataram do projeto de lei do Marco Civil da Internet e da Medida Provisória 627, a MP das Coligadas, na tentativa de minimizar as resistências da base aliada aos interesses do governo.