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Para MBL e Vem pra Rua, protestos em março não serão "Fora Temer"

No dia 26 de março, alguns movimentos convocaram manifestações em defesa da Lava Jato e contra a corrupção e a impunidade

Protesto (dezembro/16): segundo o líder do MBL, apesar de eventuais divergências, os grupos estão unidos na luta contra a corrupção (Getty Images)

Protesto (dezembro/16): segundo o líder do MBL, apesar de eventuais divergências, os grupos estão unidos na luta contra a corrupção (Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 13h12.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 13h20.

São Paulo - Os líderes dos movimentos que convocaram as manifestações de 26 de março, em defesa da Lava Jato e contra a corrupção e a impunidade, discordam da ideia de que elas poderão se transformar em um "fora Temer" e favorecer o ressurgimento da esquerda e a candidatura de Lula em 2018.

"Não vejo essa possibilidade, porque há uma divisão muito clara entre os movimentos que defenderam o impeachment, a favor de uma economia de mercado, e os que são contra o governo hoje. Acho difícil uma oposição de esquerda participar de uma manifestação em defesa da Lava Jato, que eles tanto criticam", diz Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL).

Segundo Kataguiri, apesar de eventuais divergências, os grupos estão unidos na luta contra a corrupção, as tentativas do Congresso Nacional de "melar" a Lava Jato e a renovação do atual sistema político.

"Se alguma liderança de esquerda fizer a convocação de uma manifestação para o mesmo dia, nós vamos pedir para mudar a data", diz.

Para Rogerio Chequer, fundador e líder do Vem Pra Rua, as pesquisas mostram que a maior parte da sociedade "não aguenta mais Lulas, Sarneys, Renans e Lobões".

"As manifestações não serão para detonar o governo Temer, mas contra a corrupção, a impunidade e em defesa da renovação da política velha", afirma.

Sobre o bate-boca entre os jornalistas Reinaldo Azevedo e Joice Hasselmann por causa dos protestos, Chequer afirma ser "muito triste" ver pessoas que pensam de forma parecida "bater cabeça". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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