Para Marun, decisão do TRF4 reforça que Lula não pode ser candidato
O ministro da Secretaria de Governo afirmou que o PT deveria rever a forma como está atuando "como se nada tivesse acontecido"
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de março de 2018 às 18h13.
Última atualização em 26 de março de 2018 às 18h14.
Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta segunda-feira, 26, que a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de rejeitar os embargos de declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforça que o ex-presidente não pode ser candidato nas eleições de outubro. "Lula não pode ser candidato e essa decisão de hoje somente corrobora esse entendimento", disse.
Marun afirmou que o PT deveria rever a forma como está atuando "como se nada tivesse acontecido" e disse que a elevação da temperatura "sobre a impossível candidatura" de Lula é "preocupante". "A lei é clara, ele não pode ser candidato nas próximas eleições", reforçou.
Apesar disso, o ministro disse ainda que o Brasil não possui tradição de conflito. "Aqueles que tentaram transformar o Brasil numa Venezuela não conseguiram", disse.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por 3 votos a 0, rejeitou nesta segunda-feira, 26, o embargo de declaração do ex-presidente Lula contra o acórdão que o condenou a 12 anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso triplex. Com a decisão unânime da Corte de apelação da Operação Lava Jato, o petista poderia ser preso. Lula, no entanto, tem sua liberdade garantida pelo menos até 4 de abril quando o Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar um habeas corpus preventivo.