Para IPT, liberação de trens na Luz é "secundário"
"Nós estamos preocupados com as condições físicas da edificação", explicou pesquisador do IPT. Diariamente, cerca de 300 mil passageiros passam pelo local
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 11h04.
Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 17h12.
São Paulo - A prioridade das equipes que trabalham nos escombros deixados pelo incêndio que atingiu parte da Estação da Luz que abrigava o Museu da Língua Portuguesa, na região central, é verificar as condições físicas do imóvel para, posteriormente, liberar a passagem dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ( CPTM ).
Diariamente, cerca de 300 mil passageiros passam pelo local, fazendo interligação com o Metrô .
Segundo José Teofilo Lemos de Barros, engenheiro civil e pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) , "o próximo passo é verificar as partes mais afetadas do sinistro (prédio), relacionadas com a cobertura, onde se supõe que estejam as condições mais adversas do acontecimento (incêndio)".
Por volta das 10h desta terça-feira, 22, ele e técnicos da CPTM, acompanhados do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, entraram no local.
De acordo com Barros, apesar da necessidade de normalizar a circulação dos trens das linhas 7-Rubi e 11-Coral, a CPTM é "um parâmetro secundário", afirmou.
"Nós estamos preocupados só com as condições físicas da edificação", explicou. Ainda não há previsão de liberar os trens no local.
Os bombeiros e a Defesa Civil temem que as trepidações das composições possam danificar a estação. Na face interna do prédio foi encontrada uma trinca que pode aumentar durante a passagem dos trens.