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Para Haddad, recuperação de Lula incomoda oponentes

Além de criticar a atual gestão por não fazer parcerias com o governo federal, Haddad disse que esta eleição será uma oportunidade para a alternância de poder na maior cidade do País

Fernando Haddad e Lula no hospital (Roberto Stuckert Filho/Instituto Lula)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 18h57.

São Paulo - Em encontro com militantes do PT no Itaim Paulista, zona leste de São Paulo, o pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, insinuou que a recuperação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva incomoda os adversários. "Ele está muito bem, para o desespero de alguns, mas para a alegria de todos nós", disse, referindo-se a seu último encontro com Lula na sexta-feira passada (23).

Além de criticar a atual gestão por não fazer parcerias com o governo federal, Haddad disse que esta eleição será uma oportunidade para a alternância de poder na maior cidade do País. "A alternância deve acontecer quando um governo é mal avaliado. O que temos de fazer em São Paulo é substituir a atual administração", pregou.

Haddad disse aos militantes que, no encontro com Lula, o ex-presidente ressaltou que a candidatura do petista vai crescer nos próximos meses. Durante seu discurso, ele defendeu o governo Dilma Rousseff e criticou a gestão municipal por não aceitar os recursos provenientes dos programas federais. "Esses direitos estão sendo sonegados (da população)", afirmou.

Haddad passou o dia no extremo leste da capital e fez questão de incluir na agenda um encontro com 11 padres numa casa paroquial do Itaim Paulista. Segundo o próprio pré-candidato, o assunto foi a atuação comunitária dos religiosos na região. Os temas mais polêmicos, como aborto e kit anti-homofobia, ficaram fora da pauta. "Estamos fazendo esses encontros desde o começo (da pré-campanha)."

Prévia tucana

Embora o pré-candidato tenha evitado comentar o resultado das prévias do PSDB, o vereador Chico Macena, um dos responsáveis pela comunicação da pré-campanha petista, não se eximiu de fazer comentários. "Ficou claro que quase metade (da militância tucana) não vê Serra como uma boa alternativa para o PSDB", disse.

Para o vereador, a prévia demonstrou que a militância tem uma visão semelhante à do eleitorado paulistano, que, na avaliação dele, rejeita o ex-governador e não vê nele a chance de renovação na política. "Acho que demonstra que existe uma fadiga do Serra até mesmo dentro do PSDB", completou.

Macena rebateu as críticas dos tucanos de que o PT criou "em laboratório" um candidato e que este teria sido escolhido pelo "dedaço" de Lula. "Não tem dedaço (no PSDB)? O Alckmin retirou dois candidatos e não tem dedaço?", questionou referindo-se à desistência de Bruno Covas e Andrea Matarazzo de participar das prévias.

Neste domingo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, ironizou a vitória apertada de Serra na disputa interna. "O importante é ganhar", disse. "Imagino que não tenha sido o melhor resultado para o ex-governador", emendou.

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São Paulo - Em encontro com militantes do PT no Itaim Paulista, zona leste de São Paulo, o pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, insinuou que a recuperação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva incomoda os adversários. "Ele está muito bem, para o desespero de alguns, mas para a alegria de todos nós", disse, referindo-se a seu último encontro com Lula na sexta-feira passada (23).

Além de criticar a atual gestão por não fazer parcerias com o governo federal, Haddad disse que esta eleição será uma oportunidade para a alternância de poder na maior cidade do País. "A alternância deve acontecer quando um governo é mal avaliado. O que temos de fazer em São Paulo é substituir a atual administração", pregou.

Haddad disse aos militantes que, no encontro com Lula, o ex-presidente ressaltou que a candidatura do petista vai crescer nos próximos meses. Durante seu discurso, ele defendeu o governo Dilma Rousseff e criticou a gestão municipal por não aceitar os recursos provenientes dos programas federais. "Esses direitos estão sendo sonegados (da população)", afirmou.

Haddad passou o dia no extremo leste da capital e fez questão de incluir na agenda um encontro com 11 padres numa casa paroquial do Itaim Paulista. Segundo o próprio pré-candidato, o assunto foi a atuação comunitária dos religiosos na região. Os temas mais polêmicos, como aborto e kit anti-homofobia, ficaram fora da pauta. "Estamos fazendo esses encontros desde o começo (da pré-campanha)."

Prévia tucana

Embora o pré-candidato tenha evitado comentar o resultado das prévias do PSDB, o vereador Chico Macena, um dos responsáveis pela comunicação da pré-campanha petista, não se eximiu de fazer comentários. "Ficou claro que quase metade (da militância tucana) não vê Serra como uma boa alternativa para o PSDB", disse.

Para o vereador, a prévia demonstrou que a militância tem uma visão semelhante à do eleitorado paulistano, que, na avaliação dele, rejeita o ex-governador e não vê nele a chance de renovação na política. "Acho que demonstra que existe uma fadiga do Serra até mesmo dentro do PSDB", completou.

Macena rebateu as críticas dos tucanos de que o PT criou "em laboratório" um candidato e que este teria sido escolhido pelo "dedaço" de Lula. "Não tem dedaço (no PSDB)? O Alckmin retirou dois candidatos e não tem dedaço?", questionou referindo-se à desistência de Bruno Covas e Andrea Matarazzo de participar das prévias.

Neste domingo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, ironizou a vitória apertada de Serra na disputa interna. "O importante é ganhar", disse. "Imagino que não tenha sido o melhor resultado para o ex-governador", emendou.

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