Para Economist, Brasil tem democracia, mas "com falhas”
Ranking coloca Brasil como o 44º país mais democrático do mundo, mas na categoria dos regimes “com falhas”. Falta de cultura política da população contribui para desempenho
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2013 às 17h49.
São Paulo – Os brasileiros vivem no 44ª país mais democrático do mundo, segundo pesquisa divulgada hoje pela Economist intelligence Unit (EIU). O país integra o que o grupo inglês chama de “ democracias com falhas”. A Noruega conquistou o primeiro lugar ( veja lista completa ).
Segundo o levantamento, o Brasil falha em dois dos cinco aspectos considerados: participação e cultura política, cujas notas representam metade das conquistadas pelo país nórdico. Os números detalhados estão abaixo.
No grupo de democracias com falhas a que pertence o Brasil, diz o estudo, embora haja eleições livres, “há deficiências significativas em outros aspectos, incluindo problemas de governança, uma cultura política subdesenvolvida e baixos níveis de participação política”.
Critérios
O índice de participação política mede, por exemplo, a presença de mulheres e minorias no parlamento, a filiação dos cidadãos a partidos políticos, o nível de interesse das pessoas pelo assunto política e o acompanhamento das notícias, entre outras características.
Já o de cultura política questiona, por exemplo, a proporção da população que prefere um presidente forte em meio a um congresso fraco, quantos acreditam que a democracia traz ganhos econômicos e que é a melhor forma de governo, dentre outros.
A EIU compila no total 60 indicadores nas 5 categorias para chegar à nota final, que vai de 0 a 10.
Embora metade dos 165 países do mundo sejam considerados democráticos, apenas 25 estão na parte de democracias completas, segundo o estudo. Da América do Sul, apenas o Uruguai .
“Eleições livres e justas e liberdades civis são condições necessárias para a democracia, mas provavelmente não serão suficientes para uma democracia plena e consolidada se desacompanhadas de transparência e um governo minimamente eficiente, com participação política suficiente e uma cultura política de apoio”, diz o estudo.
É justamente na parte final da frase acima que o Brasil tem mais espaço para evoluir - e subir no ranking.
Posição | Pontuação Final | I Processo eleitoral e pluralismo | II Funcionamento do governo | III Participação política | IV Cultura política | V Liberdades civis | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Brasil | 44ª | 7,12 | 9,58 | 7,5 | 5 | 4,38 | 9,12 |
Noruega | 1ª | 9,93 | 10 | 9,64 | 10 | 10 | 10 |
São Paulo – Os brasileiros vivem no 44ª país mais democrático do mundo, segundo pesquisa divulgada hoje pela Economist intelligence Unit (EIU). O país integra o que o grupo inglês chama de “ democracias com falhas”. A Noruega conquistou o primeiro lugar ( veja lista completa ).
Segundo o levantamento, o Brasil falha em dois dos cinco aspectos considerados: participação e cultura política, cujas notas representam metade das conquistadas pelo país nórdico. Os números detalhados estão abaixo.
No grupo de democracias com falhas a que pertence o Brasil, diz o estudo, embora haja eleições livres, “há deficiências significativas em outros aspectos, incluindo problemas de governança, uma cultura política subdesenvolvida e baixos níveis de participação política”.
Critérios
O índice de participação política mede, por exemplo, a presença de mulheres e minorias no parlamento, a filiação dos cidadãos a partidos políticos, o nível de interesse das pessoas pelo assunto política e o acompanhamento das notícias, entre outras características.
Já o de cultura política questiona, por exemplo, a proporção da população que prefere um presidente forte em meio a um congresso fraco, quantos acreditam que a democracia traz ganhos econômicos e que é a melhor forma de governo, dentre outros.
A EIU compila no total 60 indicadores nas 5 categorias para chegar à nota final, que vai de 0 a 10.
Embora metade dos 165 países do mundo sejam considerados democráticos, apenas 25 estão na parte de democracias completas, segundo o estudo. Da América do Sul, apenas o Uruguai .
“Eleições livres e justas e liberdades civis são condições necessárias para a democracia, mas provavelmente não serão suficientes para uma democracia plena e consolidada se desacompanhadas de transparência e um governo minimamente eficiente, com participação política suficiente e uma cultura política de apoio”, diz o estudo.
É justamente na parte final da frase acima que o Brasil tem mais espaço para evoluir - e subir no ranking.
Posição | Pontuação Final | I Processo eleitoral e pluralismo | II Funcionamento do governo | III Participação política | IV Cultura política | V Liberdades civis | |
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Brasil | 44ª | 7,12 | 9,58 | 7,5 | 5 | 4,38 | 9,12 |
Noruega | 1ª | 9,93 | 10 | 9,64 | 10 | 10 | 10 |