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Palocci diz ser o "Italiano" da planilha de propinas da Odebrecht

Preso em setembro de 2016 na Operação Omertà, o ex-ministro tenta fechar acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal

Antônio Palocci: o ex-ministro foi condenado a 12 anos e 2 meses de prisão (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

Antônio Palocci: o ex-ministro foi condenado a 12 anos e 2 meses de prisão (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 21h49.

São Paulo - O ex-ministro Antônio Palocci confessou, nesta quarta-feira, 6, ao juiz federal Sérgio Moro, ser o "italiano" que consta na famosa planilha de propinas da Odebrecht.

Palocci foi preso na Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato, em setembro de 2016, e condenado por Moro a 12 anos e 2 meses de prisão. Ele está tentando fechar acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal.

O petista negou ser chamado de Italiano pelos executivos da Odebrecht, mas admitiu que as propinas que constam na planilha dizem respeito a ele.

"Se eu era conhecido como 'italiano'? Não! O Marcelo nunca me chamou de italiano,mas acho que essa planilha quando ele coloca italiano ele diz respeito a mim. Ele nunca me chamou por esse nome. Nem ele, nem Emílio. Mas eu não sei por que escolheu essa alcunha. Tem vários e-mails que ele fala de italiano e Itália que não diz respeito a mim, porque diz respeito a outras pessoas. Mas a planilha eu acredito que sim, porque boa parte do que é tratado nessa planilha são assuntos que eu tratei com ele", relatou.

O ex-ministro resolveu confessar seus crimes em interrogatório no âmbito de processo relacionado à suposta compra, pela Odebrecht, do apartamento vizinho ao de Lula, em São Bernardo do Campo, e do terreno onde seria sediado o Instituto Lula.

Segundo o Ministério Público Federal, os imóveis são formas de pagamento de vantagens indevidas ao petista.

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