Palácio negocia entregar Saúde e Caixa ao PP
Ministros que cuidam da articulação política do governo estão tratando, nesta quinta-feira, 31, da transferência do Ministério da Saúde do PMDB para o PP
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2016 às 19h37.
Brasília - Ministros que cuidam da articulação política do governo estão tratando, nesta quinta-feira, 31, da transferência do Ministério da Saúde do PMDB para o PP. Antes mesmo da confirmação da saída de Marcelo Castro (PMDB-PI), o PP já definiu o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como nome cotado para ocupar o comando da pasta.
Interlocutores do Planalto confirmam que o ministério passará a ser comandado por Barros, que relatou o Orçamento de 2016. De acordo com um integrante do núcleo político do governo, é preciso sacrificar o deputado peemedebista Marcelo Castro, que assumiu a pasta da Saúde em outubro do ano passado, para contemplar o PP, quarta maior bancada da Câmara, com 49 deputados.
O partido já controla o Ministério da Integração Nacional. A pasta continuará com a legenda, mas o comando será trocado. Sai o atual ministro, Gilberto Occhi, para assumir o deputado Cacá Leão, que já era cotado para substituir Occhi no início do ano, por motivos de saúde. O deputado é filho de João Leão (PP-BA), vice-governador da Bahia e próximo a Jaques Wagner, ex-ministro da Casa Civil e atual chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff.
Occhi deve ser nomeado presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), banco do qual é funcionário de carreira desde a década de 1980 e já foi vice-presidente. Atualmente a Caixa é dirigida pelo PT, com Miriam Belchior.
O anúncio das trocas envolvendo o PP, no entanto, não deve ocorrer imediatamente. O Palácio do Planalto quer apresentar todas as trocas de uma vez e espera fechar as negociações com o PR e o PSD. O governo ofereceu ao PR, que hoje comanda Transportes, o Ministério de Minas e Energia. A pasta do PSD ainda está em negociação. Hoje, o partido comanda o Ministério das Cidades.
PMDB
Após o anúncio da saída do PMDB do governo, Dilma tenta refazer a equipe com partidos aliados que assegurem votos contra o impeachment na Câmara dos Deputados. A votação deve ocorrer em meados de abril e, para barrar o processo, a presidente precisa do apoio de 171 deputados.
Em jantar ontem com Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relatou as negociações dos últimos dias. Foi Lula que negociou o acordo com o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) para a manutenção de Helder Barbalho à frente da Secretaria de Portos. Helder é filho de Jader.
A disposição dos ministros do PMDB em continuar na equipe provocou divergências no Palácio do Planalto. Até o começo da tarde, uma ala do governo ainda defendia a permanência do ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), sob o argumento de que ele foi indicado pelo líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que promete "entregar" de 25 a 30 votos ao governo, embora o partido tenha anunciado a saída da base aliada.
"É evidente que aqueles que são do PMDB e querem contribuir para a saída da crise serão bem-vindos", disse o ministro da Comunicação Social.
Brasília - Ministros que cuidam da articulação política do governo estão tratando, nesta quinta-feira, 31, da transferência do Ministério da Saúde do PMDB para o PP. Antes mesmo da confirmação da saída de Marcelo Castro (PMDB-PI), o PP já definiu o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como nome cotado para ocupar o comando da pasta.
Interlocutores do Planalto confirmam que o ministério passará a ser comandado por Barros, que relatou o Orçamento de 2016. De acordo com um integrante do núcleo político do governo, é preciso sacrificar o deputado peemedebista Marcelo Castro, que assumiu a pasta da Saúde em outubro do ano passado, para contemplar o PP, quarta maior bancada da Câmara, com 49 deputados.
O partido já controla o Ministério da Integração Nacional. A pasta continuará com a legenda, mas o comando será trocado. Sai o atual ministro, Gilberto Occhi, para assumir o deputado Cacá Leão, que já era cotado para substituir Occhi no início do ano, por motivos de saúde. O deputado é filho de João Leão (PP-BA), vice-governador da Bahia e próximo a Jaques Wagner, ex-ministro da Casa Civil e atual chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff.
Occhi deve ser nomeado presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), banco do qual é funcionário de carreira desde a década de 1980 e já foi vice-presidente. Atualmente a Caixa é dirigida pelo PT, com Miriam Belchior.
O anúncio das trocas envolvendo o PP, no entanto, não deve ocorrer imediatamente. O Palácio do Planalto quer apresentar todas as trocas de uma vez e espera fechar as negociações com o PR e o PSD. O governo ofereceu ao PR, que hoje comanda Transportes, o Ministério de Minas e Energia. A pasta do PSD ainda está em negociação. Hoje, o partido comanda o Ministério das Cidades.
PMDB
Após o anúncio da saída do PMDB do governo, Dilma tenta refazer a equipe com partidos aliados que assegurem votos contra o impeachment na Câmara dos Deputados. A votação deve ocorrer em meados de abril e, para barrar o processo, a presidente precisa do apoio de 171 deputados.
Em jantar ontem com Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relatou as negociações dos últimos dias. Foi Lula que negociou o acordo com o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) para a manutenção de Helder Barbalho à frente da Secretaria de Portos. Helder é filho de Jader.
A disposição dos ministros do PMDB em continuar na equipe provocou divergências no Palácio do Planalto. Até o começo da tarde, uma ala do governo ainda defendia a permanência do ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), sob o argumento de que ele foi indicado pelo líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que promete "entregar" de 25 a 30 votos ao governo, embora o partido tenha anunciado a saída da base aliada.
"É evidente que aqueles que são do PMDB e querem contribuir para a saída da crise serão bem-vindos", disse o ministro da Comunicação Social.