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Pais de bebê encontrada em carro de PM receberão tratamento

A secretaria pretende incluir caso do coronel entre ações investigadas pela pasta no Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas, que tem apoio de promotores do MPF


	Polícia Militar: a secretaria pretende incluir caso do coronel entre ações investigadas pela pasta no Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas, que tem apoio de promotores do MPF
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Polícia Militar: a secretaria pretende incluir caso do coronel entre ações investigadas pela pasta no Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas, que tem apoio de promotores do MPF (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 20h10.

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro iniciou o acompanhamento médico e psicológico da menina de 2 anos encontrada nua, no último sábado (10), no carro do coronel reformado da Polícia Militar Pedro Chavarry Duarte, 62 anos, em um posto de gasolina em Ramos, subúrbio da cidade.

A criança e os pais passarão por avaliação no Centro Integrado de Atendimento à Mulher, onde há especialistas em violência sexual contra crianças e adolescentes.

De acordo com o secretário da pasta, Paulo Melo, os pais da menina precisarão de longo período de tratamento psicológico.

“A família não é desestruturada como se chegou a falar inicialmente. São pessoas humildes. O pai trabalha e mora com a mãe e a família. Todos estão temerosos com a repercussão, assustados. Mostramos que as nossas equipes multidisciplinares vão ajudá-los neste momento.”

A secretaria pretende incluir o caso do coronel entre as ações investigadas pela pasta no Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas, que tem apoio de promotores do Ministério Público Federal (MPF). A ideia é federalizar a apuração, caso a denúncia de ligação do coronel com o tráfico de bebês avance. Segundo Melo, será necessário um trabalho minucioso para investigar o histórico do militar reformado.

“Desde a sua prisão, em 1993, da qual participei, até hoje, certamente existem outros casos de violência contra crianças e que, agora, podem vir à tona, principalmente com a colaboração da população em denunciar o oficial da PM”, disse o secretário.

Melo disse estranhar a forma como foi conduzida a investigação disciplinar realizada pela PM na ápoca. “Apesar de ter comandado a ação que resultou na prisão do então capitão, nunca fui chamado para prestar qualquer tipo de informação na sindicância, nem ninguém da equipe do  Disque Criança, mantido pela Alerj [Assembleia Legislativa do Rio] naquele período”, contou.

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