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Pagot esperava que CPI passasse Dnit a limpo

O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes deixou o cargo no ano passado em meio a denúncias de irregularidades no órgão


	"Foi episódio amargo na minha vida", disse Pagot à CPI ao relembrar a sua saída
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

"Foi episódio amargo na minha vida", disse Pagot à CPI ao relembrar a sua saída (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 13h26.

Brasília - O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot disse à CPI do Cachoeira nesta terça-feira que tinha esperança de que fosse criada uma comissão no Congresso capaz de investigar o departamento e passar a limpo sua gestão.

Pagot, que deixou o cargo no ano passado em meio a denúncias de irregularidades no órgão, foi convocado à CPI para explicar declarações recentes que fez à mídia indicando que teria sido procurado, enquanto comandava o Dnit, para indicar doadores para financiar as campanhas presidenciais de 2010.

Segundo ele, a saída do governo se deu num cenário de "absoluto isolamento" e acrescentou que gostaria de passar a limpo sua gestão à frente do departamento.

"Na realidade, eu tinha esperança em uma CPI do Dnit, para passar a limpo a autarquia, principalmente a gestão que participei", disse.

Pagot deixou o Dnit em julho do ano passado, depois de uma denúncia publicada pela revista Veja apontar que a cúpula do Ministério dos Transportes e da autarquia participava de um esquema que cobrava até 5 por cento de cada projeto contratado para distribuir a políticos ligados ao PR, partido presidido pelo então ministro Alfredo Nascimento.

Após a denúncia, a presidente Dilma Rousseff exonerou toda cúpula da área de transportes.

Segundo Pagot, ele teria sido alvo de uma armação entre o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ex-diretor da empreiteira Delta no Centro-Oeste Cláudio Abreu.

"Foi episódio amargo na minha vida", disse Pagot à CPI ao relembrar a sua saída.

"Eu acredito que era pela atuação que eu tinha no Dnit (que a Delta trabalhou para derrubá-lo). Eu não dava vida boa a nenhum prestador de serviço. Chamava constantemente empresas e consórcios, exigindo a correta execução de obras, exigindo manutenção de cronogramas", afirmou o ex-diretor.

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