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“Padilha tem confiança de Temer”, diz líder do governo na Câmara

O líder do governo na Câmara, André Moura, minimizou as denúncias envolvendo o ministro da Casa Civil

Moura: deputado afirmou também que todos os partidos da base aliada ainda confiam em Padilha (Diogo Xavier/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Moura: deputado afirmou também que todos os partidos da base aliada ainda confiam em Padilha (Diogo Xavier/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 20h38.

Brasília - O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), minimizou as denúncias envolvendo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Homem de confiança do presidente Michel Temer, ele é acusado de grilagem no Rio Grande do Sul. "Padilha continua gozando da confiança do presidente Temer e de todos os partidos da base aliada", disse Moura.

Pelo Twitter, o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), destacou a crise pela qual passa o governo Temer, que, em seis meses, já perdeu seis ministros, a maioria deles após denúncias envolvendo a Operação Lava Jato e outros escândalos de corrupção. Para ele, Padilha é "mais um ministro na corda bamba".

Grilagem

Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, Padilha disputa uma área de 1.929 hectares, o equivalente a 12 parques do Ibirapuera, em São Paulo, com a empresa Edusa Edificações Urbanas, do empresário João Perdomini.

Acusado de ocupar irregularmente a área em Palmares do Sul (RS), o ministro alega ter direito à propriedade por usucapião.

No dia 30 de agosto deste ano, Perdomini, de 76 anos, registrou na sede da Polícia Civil em Palmares do Sul boletim de ocorrência por "lesão corporal leve e ameaça" e informou ter sido agredido por "indivíduos que trabalham para Eliseu Lemos Padilha".

Nesta sexta-feira, 9, o Estado também mostrou que Padilha, quando era deputado federal, pediu a interferência do então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para suspender projetos no local por meio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O caso seria semelhante ao do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que é acusado de tráfico de influência por ter pressionado o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero a interceder junto ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para assegurar interesses pessoais.

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