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Padilha quer harmonizar as relações entre governo e Cunha

A estratégia do Planalto é isolar Cunha e circunscrever o mal-estar provocado a uma decisão pessoal, não chancelada pela cúpula partidária do PMDB

Eliseu Padilha: "o presidente Eduardo Cunha sempre mereceu e merece atenção e respeito, assim vai acontecer." (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 14h09.

Brasília - Depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarar ruptura com o Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), adotou um discurso conciliador nesta segunda-feira, 20, prometendo "intensificar o processo de harmonização" das relações do governo com Cunha.

"Os fatos acabam sendo ditados pelas circunstâncias do momento. Penso que todas as pessoas que chegam à posição que ele (Cunha) chegou, traz com ele aquela responsabilidade de chefe de Poder: que o interesse da nação se sobrepõe aos interesses momentaneamente conflitantes", disse Padilha, em coletiva de imprensa no Planalto, depois de participar da reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff e outros ministros.

"Penso que as manifestações dele, por certo, são consideradas pelo meu partido e pelo governo, mas nós vamos intensificar o processo de harmonização das relações com o presidente Cunha. O presidente Eduardo Cunha sempre mereceu e merece atenção e respeito, assim vai acontecer", afirmou o ministro.

A estratégia do Planalto é isolar Cunha e circunscrever o mal-estar provocado a uma decisão pessoal, não chancelada pela cúpula partidária do PMDB.

Harmonia

Na avaliação de Padilha, Cunha vai continuar agindo com "independência" e buscando "harmonia" entre os poderes. "Temos de olhar o fato com a objetividade que se apresentou. A Presidência da Câmara deve promover independência e harmonia entre Poderes. Quem chega à chefia de um dos Poderes traz junto, é parte da sua bagagem, essa compreensão de que os interesses maiores da nação se sobrepõem. Cada dia com a sua agonia."

Na semana passada, o presidente da Câmara disse que o governo tem um ódio pessoal contra ele e que ia pregar no Congresso do PMDB que o partido rompa com o Planalto. "O governo sempre me viu como uma pedra no sapato", disparou Cunha.

"A avaliação de Cunha é uma percepção pessoal, nós temos um entendimento diferenciado", rebateu Padilha.

Diante da posição de Cunha, que acusa o governo de ingerência na atuação do Ministério Público e da Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato, o ministro destacou que o "próprio poder Executivo tem vários membros objeto da mesma operação".

O empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC , citou em sua delação premiada os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação) - ambos participaram da reunião de coordenação com Dilma.

"O governo efetivamente não tem nenhuma influência na ação do Ministério Público e da Polícia Federal", ressaltou Padilha.

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Brasília - Depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarar ruptura com o Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), adotou um discurso conciliador nesta segunda-feira, 20, prometendo "intensificar o processo de harmonização" das relações do governo com Cunha.

"Os fatos acabam sendo ditados pelas circunstâncias do momento. Penso que todas as pessoas que chegam à posição que ele (Cunha) chegou, traz com ele aquela responsabilidade de chefe de Poder: que o interesse da nação se sobrepõe aos interesses momentaneamente conflitantes", disse Padilha, em coletiva de imprensa no Planalto, depois de participar da reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff e outros ministros.

"Penso que as manifestações dele, por certo, são consideradas pelo meu partido e pelo governo, mas nós vamos intensificar o processo de harmonização das relações com o presidente Cunha. O presidente Eduardo Cunha sempre mereceu e merece atenção e respeito, assim vai acontecer", afirmou o ministro.

A estratégia do Planalto é isolar Cunha e circunscrever o mal-estar provocado a uma decisão pessoal, não chancelada pela cúpula partidária do PMDB.

Harmonia

Na avaliação de Padilha, Cunha vai continuar agindo com "independência" e buscando "harmonia" entre os poderes. "Temos de olhar o fato com a objetividade que se apresentou. A Presidência da Câmara deve promover independência e harmonia entre Poderes. Quem chega à chefia de um dos Poderes traz junto, é parte da sua bagagem, essa compreensão de que os interesses maiores da nação se sobrepõem. Cada dia com a sua agonia."

Na semana passada, o presidente da Câmara disse que o governo tem um ódio pessoal contra ele e que ia pregar no Congresso do PMDB que o partido rompa com o Planalto. "O governo sempre me viu como uma pedra no sapato", disparou Cunha.

"A avaliação de Cunha é uma percepção pessoal, nós temos um entendimento diferenciado", rebateu Padilha.

Diante da posição de Cunha, que acusa o governo de ingerência na atuação do Ministério Público e da Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato, o ministro destacou que o "próprio poder Executivo tem vários membros objeto da mesma operação".

O empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC , citou em sua delação premiada os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação) - ambos participaram da reunião de coordenação com Dilma.

"O governo efetivamente não tem nenhuma influência na ação do Ministério Público e da Polícia Federal", ressaltou Padilha.

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