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Pacificador do mensalão, Wagner terá de apagar incêndios

Amigo e homem de confiança de Lula, era chamado pelo ex-presidente de “o pacificador”, um apelido que surgiu quando assumiu a articulação política no governo

Jaques Wagner: raridade entre os petistas por não integrar nenhuma das várias correntes do partido, Wagner também é próximo à presidente Dilma Rousseff (Denis Ribeiro)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 12h36.

Brasília - Conciliador e famoso pela paciência e capacidade de conversar, o novo ministro da Casa Civil , Jaques Wagner, tem bom trânsito tanto no governo quanto na oposição.

Amigo e homem de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva , era chamado pelo ex-presidente de “o pacificador”, um apelido que surgiu quando assumiu a articulação política no governo, no auge do escândalo do mensalão.

Raridade entre os petistas por não integrar nenhuma das várias correntes do partido, Wagner também é próximo à presidente Dilma Rousseff.

Nascido no Rio de Janeiro, o ministro de 64 anos saiu do Estado em 1973 e deixou a faculdade de engenharia civil por estar sendo perseguido pela ditadura militar.

Foi para Salvador, onde começou a militar no movimento sindical quando trabalhava no Polo Petroquímico de Camaçari. Conheceu Lula em um congresso de petroleiros e se tornou um dos fundadores do PT.

A Casa Civil será o quinto cargo que Wagner irá ocupar no governo federal nos anos petistas.

Foi ministro do Trabalho no início do governo Lula, virou coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social até assumir a Secretaria de Relações Institucionais, em 2005.

Comandava até agora o Ministério da Defesa, que assumiu no início do segundo mandato de Dilma.

Lula atribuía à habilidade do ministro a articulação que levou à eleição de Aldo Rebelo para a presidência da Câmara e o arrefecimento dos ânimos no Congresso que permitiram uma reeleição do ex-presidente sem sustos em 2006.

Naquele ano, o ministro deixou o cargo para tentar o governo da Bahia, em uma eleição que nem mesmo Lula acreditava em suas chances.

Uma semana antes das eleições estava 17 pontos percentuais atrás de Paulo Souto (DEM), o candidato de Antônio Carlos Magalhães, um dos principais caciques da política baiana.

Wagner acabou vencendo no primeiro turno. Reeleito em 2010, no ano passado fez seu sucessor, o atual governador, Rui Costa.

Seu nome era defendido por Lula para a Casa Civil desde o início deste segundo mandato de Dilma.

A presidente, no entanto, não queria tirar Aloizio Mercadante, seu homem de confiança e Wagner acabou como ministro da Defesa.

Agora, mesmo não sendo o responsável direto pela articulação política, a expectativa é que Wagner consiga repetir o feito de 2005 ajudando o Palácio do Planalto a debelar o incêndio que toma conta do Congresso e as ameaças de impeachment contra a presidente.

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Brasília - Conciliador e famoso pela paciência e capacidade de conversar, o novo ministro da Casa Civil , Jaques Wagner, tem bom trânsito tanto no governo quanto na oposição.

Amigo e homem de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva , era chamado pelo ex-presidente de “o pacificador”, um apelido que surgiu quando assumiu a articulação política no governo, no auge do escândalo do mensalão.

Raridade entre os petistas por não integrar nenhuma das várias correntes do partido, Wagner também é próximo à presidente Dilma Rousseff.

Nascido no Rio de Janeiro, o ministro de 64 anos saiu do Estado em 1973 e deixou a faculdade de engenharia civil por estar sendo perseguido pela ditadura militar.

Foi para Salvador, onde começou a militar no movimento sindical quando trabalhava no Polo Petroquímico de Camaçari. Conheceu Lula em um congresso de petroleiros e se tornou um dos fundadores do PT.

A Casa Civil será o quinto cargo que Wagner irá ocupar no governo federal nos anos petistas.

Foi ministro do Trabalho no início do governo Lula, virou coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social até assumir a Secretaria de Relações Institucionais, em 2005.

Comandava até agora o Ministério da Defesa, que assumiu no início do segundo mandato de Dilma.

Lula atribuía à habilidade do ministro a articulação que levou à eleição de Aldo Rebelo para a presidência da Câmara e o arrefecimento dos ânimos no Congresso que permitiram uma reeleição do ex-presidente sem sustos em 2006.

Naquele ano, o ministro deixou o cargo para tentar o governo da Bahia, em uma eleição que nem mesmo Lula acreditava em suas chances.

Uma semana antes das eleições estava 17 pontos percentuais atrás de Paulo Souto (DEM), o candidato de Antônio Carlos Magalhães, um dos principais caciques da política baiana.

Wagner acabou vencendo no primeiro turno. Reeleito em 2010, no ano passado fez seu sucessor, o atual governador, Rui Costa.

Seu nome era defendido por Lula para a Casa Civil desde o início deste segundo mandato de Dilma.

A presidente, no entanto, não queria tirar Aloizio Mercadante, seu homem de confiança e Wagner acabou como ministro da Defesa.

Agora, mesmo não sendo o responsável direto pela articulação política, a expectativa é que Wagner consiga repetir o feito de 2005 ajudando o Palácio do Planalto a debelar o incêndio que toma conta do Congresso e as ameaças de impeachment contra a presidente.

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