São Paulo - O presidente da Câmara
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu, na última quinta-feira, o complemento do principal pedido de
impeachment de
Dilma Rousseff, protocolado no início deste mês.
A entrega do documento, assinado pelo fundador do
PT Hélio Bicudo e pelo jurista Miguel Reale Jr., reproduziu uma cena ocorrida em 1992, quando associações da sociedade civil pediram o afastamento de Fernando Collor de Melo.
Cunha abriu seu gabinete para receber a advogada Maria Lúcia Bicudo, filha de Hélio, e Reale Jr. Líderes de movimentos pró-impeachment, como o Vem pra Rua, e deputados de partidos de oposição também acompanharam o ato.
"Lutamos contra a ditadura dos fuzis, agora lutamos contra a ditadura da propina", disse Reale Jr. após a entrega do documento.
Wilson Dias/Agência Brasil
O jurista Miguel Reale Jr. e a filha de Hélio Bicudo, Maria Lucia Bicudo, entregam ao presidente da Câmara pedido de impeachment de Dilma
O que eles pensam
Bicudo e Reale Jr. usam três argumentos para sustentar a possível saída de Dilma por crime de responsabilidade fiscal. São eles as chamadas “pedaladas fiscais” - uso de recursos de bancos públicos para a cobertura de programas sociais, gastos do governo sem autorização da Câmara e dívidas não contabilizadas.
As questões estão em análise do Tribunal de Contas da União (TCU) que julgará, nas próximas semanas, as contas do primeiro mandato de Dilma. O governo nega as acusações.
Navegue pelos slides e veja alguns dos argumentos que aparecem na petição entregue ontem.