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Oposição quer quebrar sigilo de Marconi

Parlamentares voltaram a defender a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico do governador goiano

O governador de Goiás, Marconi Perillo, suspendeu os compromissos da agenda de hoje após a notícia da morte do secretário (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2012 às 09h55.

Brasília - O cerco ao governo de Goiás, o tucano Marconi Perillo, começa a se fechar na CPI do Cachoeira. A revelação feita nesta sexta pelo jornal O Estado de S. Paulo de que uma empresa fantasma controlada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , foi utilizada para quitar dívidas de campanha de Perillo fez com que parlamentares voltassem a defender a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico do governador goiano. O líder tucano no Senado, Álvaro Dias (PR), falou que o partido está "sangrando".

Integrantes da comissão também querem convocar, já na próxima semana, o jornalista Luiz Carlos Bordoni, responsável pela propaganda de Marconi Perillo (PSDB) no rádio em 2010. Em entrevista ao jornal, ele disse que o pagamento de uma dívida eleitoral de R$ 45 mil foi feita na conta de sua filha, Bruna, pela Alberto e Pantoja, empresa controlada, segundo a Polícia Federal, por Cachoeira.

A operação foi comandada, segundo Bordoni, por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo. O governo goiano afirmou desconhecer a dívida e que a empresa não pagou qualquer despesa de campanha de Perillo.

"Esse é mais um fator complicador para o governador", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que apresentou um pedido para convocar Bordoni. Randolfe defende que na reunião de terça-feira a CPI vote também a quebra dos sigilos de Perillo. Na última quarta-feira, após intensos protestos da bancada tucana, a comissão recuou da intenção de votar o pedido.


O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), disse que somente quebrando o sigilo bancário do governador de Goiás será possível descobrir a "extensão" dos pagamentos feitos pelo esquema de Cachoeira a ele.

Pinheiro afirmou que, caso seja aprovado o pedido, seria melhor se adiar em pelo menos uma semana o depoimento de Perillo, marcado para o dia 12, a fim de os dados bancários cheguem à CPI e sejam analisados. "Eu só lamento de convocar os governadores antes de fechar as informações", disse.

Já o líder da bancada petista na Câmara, Jilmar Tatto (SP), afirmou que Perillo deveria tomar a iniciativa de apresentar por conta própria à CPI seus extratos bancários. "Como ele (Perillo) já se colocou à disposição (da CPI), espero que ele tome a iniciativa e disponibilize o sigilo dele", completou o deputado. Tatto disse que espera que o PMDB apoie o pedido - o partido é acusado por petistas de ter se aliado ao PSDB para evitar a convocação do governador do Rio, o peemedebista Sérgio Cabral. "Espero que a comissão, especialmente o PMDB, concorde com a quebra. Se não começa a ficar esquisito", afirmou.

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Brasília - O cerco ao governo de Goiás, o tucano Marconi Perillo, começa a se fechar na CPI do Cachoeira. A revelação feita nesta sexta pelo jornal O Estado de S. Paulo de que uma empresa fantasma controlada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , foi utilizada para quitar dívidas de campanha de Perillo fez com que parlamentares voltassem a defender a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico do governador goiano. O líder tucano no Senado, Álvaro Dias (PR), falou que o partido está "sangrando".

Integrantes da comissão também querem convocar, já na próxima semana, o jornalista Luiz Carlos Bordoni, responsável pela propaganda de Marconi Perillo (PSDB) no rádio em 2010. Em entrevista ao jornal, ele disse que o pagamento de uma dívida eleitoral de R$ 45 mil foi feita na conta de sua filha, Bruna, pela Alberto e Pantoja, empresa controlada, segundo a Polícia Federal, por Cachoeira.

A operação foi comandada, segundo Bordoni, por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo. O governo goiano afirmou desconhecer a dívida e que a empresa não pagou qualquer despesa de campanha de Perillo.

"Esse é mais um fator complicador para o governador", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que apresentou um pedido para convocar Bordoni. Randolfe defende que na reunião de terça-feira a CPI vote também a quebra dos sigilos de Perillo. Na última quarta-feira, após intensos protestos da bancada tucana, a comissão recuou da intenção de votar o pedido.


O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), disse que somente quebrando o sigilo bancário do governador de Goiás será possível descobrir a "extensão" dos pagamentos feitos pelo esquema de Cachoeira a ele.

Pinheiro afirmou que, caso seja aprovado o pedido, seria melhor se adiar em pelo menos uma semana o depoimento de Perillo, marcado para o dia 12, a fim de os dados bancários cheguem à CPI e sejam analisados. "Eu só lamento de convocar os governadores antes de fechar as informações", disse.

Já o líder da bancada petista na Câmara, Jilmar Tatto (SP), afirmou que Perillo deveria tomar a iniciativa de apresentar por conta própria à CPI seus extratos bancários. "Como ele (Perillo) já se colocou à disposição (da CPI), espero que ele tome a iniciativa e disponibilize o sigilo dele", completou o deputado. Tatto disse que espera que o PMDB apoie o pedido - o partido é acusado por petistas de ter se aliado ao PSDB para evitar a convocação do governador do Rio, o peemedebista Sérgio Cabral. "Espero que a comissão, especialmente o PMDB, concorde com a quebra. Se não começa a ficar esquisito", afirmou.

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