Brasil

Operador do Hopi Hari contradiz versão de funcionários

Depoimento de uma das testemunhas sugere divergência e pode levar a acareação

O advogado de Leal, Bichir Ale Bichir Junior, disse que seu cliente estava em movimento na hora da fotografia (Divulgação/Guia Quatro Rodas)

O advogado de Leal, Bichir Ale Bichir Junior, disse que seu cliente estava em movimento na hora da fotografia (Divulgação/Guia Quatro Rodas)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 22h47.

São Paulo - O delegado de Vinhedo (SP) Angelo Santucci Noventa Júnior ouviu na manhã de hoje o terceiro de cinco operadores do parque de diversões Hopi Hari que trabalhavam no brinquedo de onde caiu a adolescente Gabriella Nichimura, de 14 anos. O depoimento de Edson da Silva, de 23 anos, diverge das versões apresentadas por outros dois operadores que prestaram depoimento anteriormente. "Existe uma hipótese de acareação", afirmou o responsável pela investigação.

Noventa Júnior explicou que o principal ponto de discrepância entre os depoimentos é a posição que cada um dos operadores ocupava no dia do acidente. Segundo a polícia e a promotoria, Gabriella sentou-se numa cadeira do setor 3 da torre, que estava inutilizada havia ao menos 10 anos e deveria estar inoperante. Silva negou estar naquela seção da atração, ao contrário do que disseram Vitor Oliveira, de 24 anos, e Marcos Leal, de 18.

Segundo o delegado, o operador informou que os funcionários se revezam entre as seções do brinquedo e a cabine de operação durante o dia. Silva disse no depoimento que quem estava no setor 3 era Leal. Na fotografia mostrada pelos pais de Gabriella na semana passada aparecem Marcos Leal e Edson. O primeiro aparece em frente aos Nichimura, sentados nas cadeiras da seção 3. Na foto, Silva está ao lado do mesmo conjunto de assentos.

O advogado de Leal, Bichir Ale Bichir Junior, disse que seu cliente estava em movimento na hora da fotografia. Edson da Silva trabalhava no parque havia quatro meses e operava a torre havia duas semanas. O rapaz chegou acompanhado de dois advogados do Hopi Hari que defendem também as operadoras Amanda Cristina Amador, de 20 anos, e Luciana de Lima Ribeiro, de 40.

Ambas também trabalhavam no brinquedo do qual caiu Gabriella. As duas prestavam depoimento na tarde de hoje. Os funcionários e advogados do parque não deram entrevista. A assessoria do parque informou que o complexo de diversão colocou à disposição de funcionários assessoria jurídica e psicológica.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCrimeHopi HariMetrópoles globaisNegócios de lazer e eventossao-paulo

Mais de Brasil

Morre Roberto Figueiredo do Amaral, executivo da Andrade Gutierrez

Desabamento e veículos arrastados: véspera de natal é marcada por chuvas em BH

Avião desaparece no AM e mãe de piloto faz apelo por buscas do filho nas redes sociais

STF mantém prisão de Daniel Silveira após audiência de custódia