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ONU vai levar programas sociais a favelas do Rio

Acordo entre a entidade e a prefeitura vai disponibilizar R$ 5 milhões para urbanização e criação de projetos sociais em 30 locais da cidade

Bandeira do Brasil no Complexo do Alemão: favelas pacificadas terão preferência (AGÊNCIA BRASIL)

Bandeira do Brasil no Complexo do Alemão: favelas pacificadas terão preferência (AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 13h16.

Rio de Janeiro - O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) assinou nesta quarta-feira um convênio com a Prefeitura do Rio de Janeiro para levar projetos sociais e de urbanização a 30 bairros pobres da cidade.

O acordo prevê que o ONU-Habitat forneça R$ 5 milhões e colabore na gestão das políticas públicas aplicadas nas comunidades em que as autoridades brasileiras expulsaram os traficantes que dominaram durante décadas.

As reformas incluem obras urbanísticas, de saneamento e iluminação, recuperação de equipamentos públicos degradados como postos de saúde, creches e escolas, além da execução de projetos sociais.

O secretário municipal de urbanismo, Ricardo Henriques, explicou na cerimônia de assinatura do convênio que as escolas e os postos ambulatoriais estão em condições "precárias" e de abandono por culpa dos anos em que as favelas foram "território de guerra".

Inicialmente, as obras vão contemplar três favelas por mês, começando por aquelas em que o Governo do Estado já implantou Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).

As UPP são quartéis que a Polícia utiliza como base para realizar patrulhas permanentes nestes bairros e garantir que os grupos armados não voltem a atuar.

O representante do ONU-Habitat para a América Latina, Alain Grimard, afirmou que o projeto "favorece" a manutenção da paz nas comunidades e o desenvolvimento econômico e social.

"O projeto vai elevar a qualidade de vida, despertar nas pessoas o sentimento de pertencer à cidade, disseminar cidadania entre os vizinhos e consolidar o trabalho das UPPs", disse o funcionário da ONU.

Desde 2008, as autoridades instalaram 17 unidades que atendem a mais de 20 comunidades onde vivem 265 mil pessoas, pelos cálculos oficiais.

O novo projeto, denominado UPP Social, vai acompanhar a inauguração de novas unidades nas favelas em que o Governo retomar o poder e expulsar o tráfico.

A Prefeitura pretende que, a partir de outubro, a implementação do programa UPP Social seja simultâneo à instalação das UPPs do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, comunidade que não vive mais sob o domínio do tráfico, mas que está sob proteção das Forças Armadas, até a chegada da UPP. Nessa região vivem cerca de 400 mil pessoas.

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