Reservatório: no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a capacidade de vazão caiu para 37,84%, registrados nesse domingo (Sabesp/Divulgação/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 14h28.
Rio de Janeiro - A melhora na situação dos reservatórios das regiões Norte e Sul do país equilibra a questão energética e compensa a tendência de queda nas condições dos reservatórios dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, onde as chuvas continuam insuficientes.
Essa é uma das conclusões tiradas a partir de uma análise detalhada do Relatório Executivo do Programa Mensal de Operação divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), relativo à semana de 17 a 23 de maio e divulgado na última sexta-feira (16).
Os dados do relatório preveem a ocorrência de chuva fraca a moderada nas bacias hidrográficas da Região Sul, na Bacia do Rio Paranapanema e no trecho da Hidrelétrica de Itaipu, além de chuva fraca na Bacia do Rio Tietê no fim de semana.
Nessa última revisão, a previsão de vazões foi, no entanto, o parâmetro cuja atualização causou maior impacto na variação dos custos marginais de Operação (CMO) nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
Para a Região Norte, a ocorrência de excedentes energéticos na Unidade Hidrelétrica de Tucuruí ainda mantém o CMO da região em patamares inferiores ao das demais regiões.
A melhora da vazão (capacidade de geração de energia hídrica) pode ser constatada também a partir dos custos marginais de Operação, que continuam subindo nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste e caindo no Sul e no Norte.
No Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a capacidade de vazão caiu para 37,84%, registrados nesse domingo (18), depois de ter fechado o mês de abril em 38,8%, elevando o CMO médio semanal de R$ 904,75 por megawatt-hora (MWh), o mesmo valor do Custo Marginal de Operação da Região Sul.
No Nordeste, a queda na capacidade de armazenamento, de 43,6% para 42,26% no período, fez com que o CMO saltasse de R$ 801,84 MWh para 824,91 MWh.
Na Região Norte, onde o armazenamento continua em situação confortável, tendo subido de 90,5% para 92,22%, o CMO caiu de R$ 149,52 MWh para R$ 147,66 MWh.
Apesar da melhora da situação energética a partir da elevação dos reservatórios dos subsistemas Norte e Sul, particularmente esse último, na avaliação do ONS, em comparação às afluências da semana anterior, está prevista para a semana operativa de 17 a 23, “diminuição nas afluências de todos os subsistemas, exceto para o Subsistema Sul, onde prevê-se a manutenção da Energia Natural Afluente (ENA)".
Do ponto de vista da demanda, a expectativa do ONS é que, em maio, no Subsistema Nordeste, haja crescimento da demanda por energia a partir do comportamento do consumo das classes residencial e comercial.
Relativamente ao mesmo mês do ano anterior, a taxa de crescimento prevista é 4,1%.
No Subsistema Norte, a elevada taxa de crescimento prevista de 20,7% decorre, principalmente, da interligação do sistema Manaus. Retirando o efeito dessa interligação, a carga prevista para maio apresenta um decréscimo de 2,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No Subsistema Sul, a taxa de crescimento prevista (3,1%) está associada à continuidade do bom desempenho da atividade agroindustrial, enquanto no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a taxa de crescimento prevista de 0,4%, acompanha o comportamento da atividade econômica, influenciada pelo desempenho recente da indústria que não apresenta dinâmica de crescimento bem definida.