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Ônibus menores vão deixar corredores em SP

Veículos menores terão de deixar corredores e faixas exclusivas e há a possibilidade de passageiros terem de fazer mais baldeações

Ônibus em São Paulo: Prefeitura não informou se o modelo reduzirá o número de linhas (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2015 às 10h35.

São Paulo - O novo formato de concessão do transporte público , apresentado ontem pela Prefeitura, vai aumentar de 8 para 27 as áreas em que as empresas terão de atuar.

O aumento está relacionado com a forma como os ônibus vão espalhar-se pela cidade. Na prática, veículos menores terão de deixar corredores e faixas exclusivas. Mas há a possibilidade de passageiros terem de fazer mais baldeações.

A meta admitida pela atual gestão é "metronizar" os coletivos, com mais assentos para passageiros e velocidade superior à atual nos corredores.

Se por um lado o formato apresentado deve reduzir a frota em mil veículos, passando para menos de 14 mil, por outro a Prefeitura promete aumentar o número de viagens em 24% e criar 151 mil novos assentos. A minuta do edital deve sair na semana que vem.

A partir da data de publicação, o processo estará aberto para consulta pública por 30 dias. A licitação está estimada em ao menos R$ 140 bilhões, por 20 anos.

A Prefeitura não informou se o modelo reduzirá o número de linhas - hoje são 1.386. "É uma reorganização. Aumenta os assentos e diminui o número de veículos. Vai atender melhor. O ideal, tanto quanto possível, é aproximar do padrão do metrô", disse o prefeito Fernando Haddad (PT). Com a redução no número de veículos, a previsão é de que a velocidade nos corredores de ônibus ultrapasse a média atual de 20 km/h.

Uma das novidades da nova concessão é justamente o que a Secretaria Municipal de Transportes chama de grupo local de articulação regional, ou eixos estruturantes. Essa parte terá a função de cortar os 121,3 quilômetros de corredores e os outros 479,1 quilômetros de faixas exclusivas por vias perimetrais e radiais. Os ônibus que circularem nesses viários, do tipo padrão, estarão proibidos de entrar nas vias segregadas.

Na Estrada do M'Boi Mirim, na zona sul, por exemplo, o transporte público usa tanto o corredor de ônibus como a faixa da direita, causando uma sobreposição de itinerários no mesmo viário. Com o novo formato, a via terá coletivos apenas no corredor de ônibus.

"Hoje, na Avenida Rebouças, há diversos veículos do tipo padrão. O mesmo ocorre na faixa exclusiva do Corredor Norte-Sul", explicou Almir Chiarato, diretor de Operações da São Paulo Transporte (SPTrans). De acordo com ele, retirando veículos menores dos corredores e das faixas exclusivas, os ônibus articulados e superarticulados terão um desempenho melhor.

Esse carros maiores farão parte, exclusivamente, do sistema estrutural. Só neste mês, a Prefeitura vai colocar em operação cem veículos do tipo superarticulado, prateados, com capacidade para 171 passageiros cada.

De acordo com Chiarato, os grandes veículos trafegarão, preferencialmente, em "linha reta", sem passar por avenidas menores. Isso vai fazer com que os passageiros tenham de fazer baldeações de uma linha para outra. Caso o usuário esteja em veículo de um eixo estruturante e queira entrar em um corredor de ônibus, por exemplo, terá de desembarcar em um ponto e embarcar em outro. Por outro lado, essas linhas que não entraram nos corredores serão as responsáveis por levar os passageiros de terminais de bairro para estações de metrô e trem.

As empresas aprovam. Segundo Francisco Christovam, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de São Paulo (SPUrbanuss), retirando veículos pequenos dos corredores, não haverá mais riscos de interferências. "Uma linha que, por exemplo, sai de Pinheiros e vai para o Terminal Bandeira não pode mais usar o corredor. Vai ter de ir por dentro, por outros caminhos."

Centro de controle

As empresas serão responsáveis por formar uma sociedade jurídica e criar um Centro de Controle Operacional (CCO). Do ponto de vista da Prefeitura, o CCO é uma das principais vantagens do novo modelo, pois permitirá controlar o fluxo de ônibus na capital, via computador de bordo e GPS. O presidente da SPUrbanuss também considera que se trata do maior avanço do decreto.

"Não tem cabimento 14 mil ônibus circularem em São Paulo sem acompanhamento em tempo real, para saber se os veículos estão muito carregados, presos no trânsito, atrasando partidas", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O aumento está relacionado com a forma como os ônibus vão espalhar-se pela cidade. Na prática, veículos menores terão de deixar corredores e faixas exclusivas. Mas há a possibilidade de passageiros terem de fazer mais baldeações.

A meta admitida pela atual gestão é "metronizar" os coletivos, com mais assentos para passageiros e velocidade superior à atual nos corredores.

Se por um lado o formato apresentado deve reduzir a frota em mil veículos, passando para menos de 14 mil, por outro a Prefeitura promete aumentar o número de viagens em 24% e criar 151 mil novos assentos. A minuta do edital deve sair na semana que vem.

A partir da data de publicação, o processo estará aberto para consulta pública por 30 dias. A licitação está estimada em ao menos R$ 140 bilhões, por 20 anos.

A Prefeitura não informou se o modelo reduzirá o número de linhas - hoje são 1.386. "É uma reorganização. Aumenta os assentos e diminui o número de veículos. Vai atender melhor. O ideal, tanto quanto possível, é aproximar do padrão do metrô", disse o prefeito Fernando Haddad (PT). Com a redução no número de veículos, a previsão é de que a velocidade nos corredores de ônibus ultrapasse a média atual de 20 km/h.

Uma das novidades da nova concessão é justamente o que a Secretaria Municipal de Transportes chama de grupo local de articulação regional, ou eixos estruturantes. Essa parte terá a função de cortar os 121,3 quilômetros de corredores e os outros 479,1 quilômetros de faixas exclusivas por vias perimetrais e radiais. Os ônibus que circularem nesses viários, do tipo padrão, estarão proibidos de entrar nas vias segregadas.

Na Estrada do M'Boi Mirim, na zona sul, por exemplo, o transporte público usa tanto o corredor de ônibus como a faixa da direita, causando uma sobreposição de itinerários no mesmo viário. Com o novo formato, a via terá coletivos apenas no corredor de ônibus.

"Hoje, na Avenida Rebouças, há diversos veículos do tipo padrão. O mesmo ocorre na faixa exclusiva do Corredor Norte-Sul", explicou Almir Chiarato, diretor de Operações da São Paulo Transporte (SPTrans). De acordo com ele, retirando veículos menores dos corredores e das faixas exclusivas, os ônibus articulados e superarticulados terão um desempenho melhor.

Esse carros maiores farão parte, exclusivamente, do sistema estrutural. Só neste mês, a Prefeitura vai colocar em operação cem veículos do tipo superarticulado, prateados, com capacidade para 171 passageiros cada.

De acordo com Chiarato, os grandes veículos trafegarão, preferencialmente, em "linha reta", sem passar por avenidas menores. Isso vai fazer com que os passageiros tenham de fazer baldeações de uma linha para outra. Caso o usuário esteja em veículo de um eixo estruturante e queira entrar em um corredor de ônibus, por exemplo, terá de desembarcar em um ponto e embarcar em outro. Por outro lado, essas linhas que não entraram nos corredores serão as responsáveis por levar os passageiros de terminais de bairro para estações de metrô e trem.

As empresas aprovam. Segundo Francisco Christovam, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de São Paulo (SPUrbanuss), retirando veículos pequenos dos corredores, não haverá mais riscos de interferências. "Uma linha que, por exemplo, sai de Pinheiros e vai para o Terminal Bandeira não pode mais usar o corredor. Vai ter de ir por dentro, por outros caminhos."

Centro de controle

As empresas serão responsáveis por formar uma sociedade jurídica e criar um Centro de Controle Operacional (CCO). Do ponto de vista da Prefeitura, o CCO é uma das principais vantagens do novo modelo, pois permitirá controlar o fluxo de ônibus na capital, via computador de bordo e GPS. O presidente da SPUrbanuss também considera que se trata do maior avanço do decreto.

"Não tem cabimento 14 mil ônibus circularem em São Paulo sem acompanhamento em tempo real, para saber se os veículos estão muito carregados, presos no trânsito, atrasando partidas", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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