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Olavo de Carvalho pede que seus alunos deixem o governo Bolsonaro

Em publicação nas redes sociais, filósofo diz que a equipe de Bolsonaro está cheia de inimigos do próprio presidente e do povo

Considerado o "guru" de Bolsonaro, Olavo de Carvalho orientou aos alunos a deixarem o governo (YouTube/Reprodução)

Considerado o "guru" de Bolsonaro, Olavo de Carvalho orientou aos alunos a deixarem o governo (YouTube/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de março de 2019 às 12h02.

Última atualização em 8 de março de 2019 às 19h11.

São Paulo — Considerado o "guru" intelectual de Jair Bolsonaro, o filósofo Olavo de Carvalho orientou aos alunos que teve e que ganharam cargos na nova gestão a deixarem o governo.

Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (8) ele diz que a equipe de Bolsonaro está cheia de inimigos do próprio presidente e do povo.

"Jamais gostei da ideia de meus alunos ocuparem cargos no governo, mas, como eles se entusiasmaram com a ascensão do Bolsonaro e imaginaram que em determinados postos poderiam fazer algo de bom pelo país, achei cruel destruir essa ilusão num primeiro momento", escreveu.

"Mas agora já não posso me calar mais. Todos os meus alunos que ocupam cargos no governo - umas poucas dezenas, creio eu - deveriam, no meu entender, abandoná-los o mais cedo possível e voltar à sua vida de estudos", continuou.

"O presente governo está repleto de inimigos do presidente e inimigos do povo, e andar em companhia desses pústulas só é bom para quem seja como eles."

O professor vem criticando o vice-presidente Hamilton Mourão. "O maior erro de minha vida de eleitor foi apoiar o General Mourão", escreveu na terça-feira (5).

"Não cessarei de pedir desculpas por essa burrada". Na quinta-feira, 7, quando questionado sobre as críticas, Mourão respondeu o gesto de um beijo com a mão.

Influência

É atribuída a Olavo de Carvalho a indicação de Ernesto Araújo para ocupar o Ministério das Relações Exteriores e de Ricardo Vélez Rodriguéz, no MEC.

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