Okamotto nega ter ameaçado Valério de morte
O assessor de Lula negou ter ameaçado o publicitário caso ele denunciasse o envolvimento de personalidades do Partido dos Trabalhadores (PT) no esquema do mensalão
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 12h39.
Paris - Paulo Okamotto, assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, negou, nesta terça-feira, em Paris , onde acompanha o ex-presidente no Fórum do Progresso Social, ter ameaçado o publicitário Marcos Valério de morte caso ele denunciasse o envolvimento de personalidades do Partido dos Trabalhadores (PT) no esquema do mensalão.
Pouco antes de participar como painelista do Fórum, Okamotto disse que não vê novas denúncias no testemunho de Valério à Procuradoria Geral da República e que Lula tem de responder por ele mesmo.
Interpelado pelo jornal O Estado de S. Paulo antes de participar do fórum, ao lado do ex-presidente Lula, da presidente Dilma Rousseff e do presidente da França, François Hollande, Okamotto disse não ter lido a reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal, que traz detalhes sobre o depoimento de Marcos Valério. Questionado sobre se o ex-presidente havia lido, o assessor disse que Lula "não lê o Estadão".
A matéria publicada nesta terça-feira explica os fatos relatados por Valério à Procuradoria Geral, entre eles o de que o ex-presidente Lula teria dado seu "ok" para que as empresas de Valério pegassem empréstimos com os bancos BMG e Rural para alimentar o esquema de compra de apoio político no Congresso, o mensalão.
"Meu nome não é Lula. Se teve esse negócio, eu não estava nessa reunião. Tem de perguntar para o Lula um negócio desses", disse Okamotto.
Ameaça
Em relação à denúncia de que o esquema do mensalão também teria bancado financeiramente despesas pessoais da família do ex-presidente Lula, Paulo Okamotto retrucou: "Que contas pessoais? Tem de perguntar para o Lula". Indagado sobre as supostas ameaças de morte que teria feito a Valério, Okamotto devolveu a pergunta. "Eu ameacei ele de morte? Por que eu vou ameaçar ele de morte?", questionou. "Está nos autos que eu ameacei ele de morte? Duvido! Duvido que ele tenha dito isso!"
Sobre sua suposta conversa com Marcos Valério na qual teria afirmado que "gente do PT" o queria morto (referindo-se a Valério), Okamotto negou com ênfase. "Não, não, não. Eu não tenho nenhum motivo para desejar o mal a Marcos Valério. Eu o conheci depois do episódio do mensalão, da história que ele contava que tinha feito empréstimos em nome das empresas dele para ajudar o PT", disse ele. "Isso acabou trazendo um grande transtorno para ele, não é? Ele chegou a ser condenado." Após negar veementemente todas as acusações, o assessor do ex-presidente Lula colocou em dúvida a credibilidade das declarações de Valério à Justiça.
Até o momento, o ex-presidente Lula evitou os jornalistas. Abordado pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo na saída do Hotel Meurice, onde está hospedado, Lula não quis falar. Outro assessor que acompanha a delegação, Luiz Dulci também não quis comentar as declarações de Valério à procuradoria. "Não vi o Estadão hoje. Acordei às 5h da manhã, mas por coisas daqui. Eu estou cuidando das coisas daqui", disse.
Paris - Paulo Okamotto, assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, negou, nesta terça-feira, em Paris , onde acompanha o ex-presidente no Fórum do Progresso Social, ter ameaçado o publicitário Marcos Valério de morte caso ele denunciasse o envolvimento de personalidades do Partido dos Trabalhadores (PT) no esquema do mensalão.
Pouco antes de participar como painelista do Fórum, Okamotto disse que não vê novas denúncias no testemunho de Valério à Procuradoria Geral da República e que Lula tem de responder por ele mesmo.
Interpelado pelo jornal O Estado de S. Paulo antes de participar do fórum, ao lado do ex-presidente Lula, da presidente Dilma Rousseff e do presidente da França, François Hollande, Okamotto disse não ter lido a reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal, que traz detalhes sobre o depoimento de Marcos Valério. Questionado sobre se o ex-presidente havia lido, o assessor disse que Lula "não lê o Estadão".
A matéria publicada nesta terça-feira explica os fatos relatados por Valério à Procuradoria Geral, entre eles o de que o ex-presidente Lula teria dado seu "ok" para que as empresas de Valério pegassem empréstimos com os bancos BMG e Rural para alimentar o esquema de compra de apoio político no Congresso, o mensalão.
"Meu nome não é Lula. Se teve esse negócio, eu não estava nessa reunião. Tem de perguntar para o Lula um negócio desses", disse Okamotto.
Ameaça
Em relação à denúncia de que o esquema do mensalão também teria bancado financeiramente despesas pessoais da família do ex-presidente Lula, Paulo Okamotto retrucou: "Que contas pessoais? Tem de perguntar para o Lula". Indagado sobre as supostas ameaças de morte que teria feito a Valério, Okamotto devolveu a pergunta. "Eu ameacei ele de morte? Por que eu vou ameaçar ele de morte?", questionou. "Está nos autos que eu ameacei ele de morte? Duvido! Duvido que ele tenha dito isso!"
Sobre sua suposta conversa com Marcos Valério na qual teria afirmado que "gente do PT" o queria morto (referindo-se a Valério), Okamotto negou com ênfase. "Não, não, não. Eu não tenho nenhum motivo para desejar o mal a Marcos Valério. Eu o conheci depois do episódio do mensalão, da história que ele contava que tinha feito empréstimos em nome das empresas dele para ajudar o PT", disse ele. "Isso acabou trazendo um grande transtorno para ele, não é? Ele chegou a ser condenado." Após negar veementemente todas as acusações, o assessor do ex-presidente Lula colocou em dúvida a credibilidade das declarações de Valério à Justiça.
Até o momento, o ex-presidente Lula evitou os jornalistas. Abordado pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo na saída do Hotel Meurice, onde está hospedado, Lula não quis falar. Outro assessor que acompanha a delegação, Luiz Dulci também não quis comentar as declarações de Valério à procuradoria. "Não vi o Estadão hoje. Acordei às 5h da manhã, mas por coisas daqui. Eu estou cuidando das coisas daqui", disse.