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OGPar quer manter produção em Tubarão Azul até dezembro

Recursos extras podem trazer algum alívio para a petroleira de Eike Batista, que está em recuperação judicial


	Navio-plataforma da OGX: companhia, que agora se chama OGPar, entrou em processo de recuperação judicial
 (Divulgação)

Navio-plataforma da OGX: companhia, que agora se chama OGPar, entrou em processo de recuperação judicial (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 19h24.

Rio - A Óleo e Gás Participações (OGPar, antiga OGX) espera estender em três meses, até dezembro, a produção de petróleo em Tubarão Azul, na Bacia de Campos.

Os recursos extras podem trazer algum alívio para a petroleira de Eike Batista, que está em recuperação judicial. A companhia deve ter uma receita adicional em torno de R$ 65 milhões no período, equivalente a 12,6% da receita líquida obtida no primeiro semestre deste ano.

O custo para manter a produção por mais três meses em Tubarão Azul é de cerca de R$ 27 milhões, segundo dados do último balanço, do segundo trimestre.

Nos gastos, são considerados o aluguel do navio-plataforma em operação, a FPSO OSX-1, e gastos com operação e manutenção.

A estimativa anterior era de que o campo se tornaria economicamente inviável em setembro, mas com a produção em torno de 3.000 barris por dia, a empresa prorrogou a operação.

No outro campo em atividade, Tubarão Martelo, também na Bacia de Campos, o foco é no aumento da produção, com pico previsto para 2016.

No segundo semestre de 2015, estão programados dois novos poços produtores, totalizando seis, e um injetor - usado para dar maior pressão no poço.

A média diária de produção deve chegar a 23 mil barris em 2016, segundo estimativas de fontes do mercado. A produção média atualmente é de 14,5 mil barris de petróleo por dia. A companhia pode chegar em 2016 a sete poços produtores e três injetores.

Os recursos necessários previstos são de US$ 200 milhões a US$ 500 milhões entre o próximo ano e o seguinte.

O dinheiro pode ser obtido por meio de um financiamento chamado de "reserve based landing", em que são oferecidas como garantia as reservas certificadas do campo. Outra opção são os "farm-outs" (venda de participação em blocos petrolíferos).

Também em 2016 é esperado o início da produção nos campos de Atlanta e Oliva, no bloco BS-4 da Bacia de Santos, nos quais tem 40% de participação.

Para Paulo Narcélio, presidente da companhia, esse negócio é "o futuro da companhia". A operadora do bloco é a Queiroz Galvão Exploração e Produção, que tem fatia de 30%, e a Barra Energia é dona de outros 30%.

Neste ano, foram feitos cinco embarques para o exterior com o petróleo produzido nos dois campos. Os destinos foram Chile, EUA, Europa e China. O mais recente teve como destino uma refinaria da russa Lukoil, na Itália.

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