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Oficiais da PM decidem não aderir à greve na Bahia

A decisão foi tomada pensando na proximidade do carnaval

Ontem, em outra assembleia realizada pelos praças, os PMs decidiram continuar a greve, mesmo depois da desocupação do prédio da Assembleia Legislativa (Marcello Casal Jr/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 18h27.

Salvador - Os oficiais da Polícia Militar da Bahia decidiram não aderir à greve iniciada pelos praças há 11 dias. A decisão foi tomada em assembleia que não obteve quórum suficiente para deliberação. O comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, participou da reunião e, de acordo com o presidente da Associação de Oficiais da Polícia Militar da Bahia, tenente coronel Edmilson Tavares, pediu um voto de confiança. "Nós resolvemos dar."

A decisão de não aderir à greve foi tomada pensando também na proximidade do carnaval. "É claro que há um sentimento de revolta dos policiais e sabemos que as reivindicações são justas. Há um compromisso assumido pelo governador Jaques Wagner que não foi cumprido. No entanto, a população já sofreu demais e não podemos prejudicar ainda mais a população em um momento como este: às vésperas do carnaval", disse Tavares.

Ao final da assembleia, alguns oficiais que defendiam a entrada na greve se revoltaram. Tavares informou que haverá um esforço das associações de praças que dialogam com o governo para tentar convencer os grevistas a voltar ao trabalho.

"Estamos fazendo isso em respeito ao povo. O governo não merecia. Não entramos em greve porque tivemos o compromisso do governo de voltar a negociar depois do carnaval. Esse compromisso foi assumido na presença de representantes da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil e do arcebispo de Salvador, Murilo Kriger. Vamos ver se dessa vez esse acordo será cumprido", explicou.

Os oficiais, assim como os praças, querem o pagamento do quarto nível de gratificação, a chamada GAP 4, em março deste ano, e pagamento do quinto nível de gratificação, a chamada GAP 5 em março do ano que vem. O governo propôs começar o pagamento em novembro deste ano e concluir em 2015. "Essa proposta é uma afronta a nossa categoria", disse Tavares.

Ontem, em outra assembleia realizada pelos praças, os policiais militares decidiram continuar a greve, mesmo depois da desocupação do prédio da Assembleia Legislativa, ocorrida na manhã. A decisão foi tomada em assembleia no Ginásio dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, no centro de Salvador. Hoje, esses mesmos policiais marcaram uma nova reunião para as 16 horas, com a finalidade de reavaliar a continuidade do movimento.

Desde o início da greve até hoje, a Secretaria de Segurança Pública já contabilizou 160 assassinatos. Durante a noite, as ruas da capital baiana estão vazias. A maior parte dos shows e ensaios dos blocos foi cancelada. Os shoppings fecham as portas às 20 horas.

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A decisão de não aderir à greve foi tomada pensando também na proximidade do carnaval. "É claro que há um sentimento de revolta dos policiais e sabemos que as reivindicações são justas. Há um compromisso assumido pelo governador Jaques Wagner que não foi cumprido. No entanto, a população já sofreu demais e não podemos prejudicar ainda mais a população em um momento como este: às vésperas do carnaval", disse Tavares.

Ao final da assembleia, alguns oficiais que defendiam a entrada na greve se revoltaram. Tavares informou que haverá um esforço das associações de praças que dialogam com o governo para tentar convencer os grevistas a voltar ao trabalho.

"Estamos fazendo isso em respeito ao povo. O governo não merecia. Não entramos em greve porque tivemos o compromisso do governo de voltar a negociar depois do carnaval. Esse compromisso foi assumido na presença de representantes da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil e do arcebispo de Salvador, Murilo Kriger. Vamos ver se dessa vez esse acordo será cumprido", explicou.

Os oficiais, assim como os praças, querem o pagamento do quarto nível de gratificação, a chamada GAP 4, em março deste ano, e pagamento do quinto nível de gratificação, a chamada GAP 5 em março do ano que vem. O governo propôs começar o pagamento em novembro deste ano e concluir em 2015. "Essa proposta é uma afronta a nossa categoria", disse Tavares.

Ontem, em outra assembleia realizada pelos praças, os policiais militares decidiram continuar a greve, mesmo depois da desocupação do prédio da Assembleia Legislativa, ocorrida na manhã. A decisão foi tomada em assembleia no Ginásio dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, no centro de Salvador. Hoje, esses mesmos policiais marcaram uma nova reunião para as 16 horas, com a finalidade de reavaliar a continuidade do movimento.

Desde o início da greve até hoje, a Secretaria de Segurança Pública já contabilizou 160 assassinatos. Durante a noite, as ruas da capital baiana estão vazias. A maior parte dos shows e ensaios dos blocos foi cancelada. Os shoppings fecham as portas às 20 horas.

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