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Offshore de Santana recebeu US$4,5 mi de operador de propina

A força-tarefa encontrou evidências de que o operador de propinas Zwi Skornicki transferiu pelo menos US$ 4,5 milhões no exterior

Offshores de João Santana: a força-tarefa encontrou evidências de que o operador de propinas Zwi Skornicki transferiu pelo menos US$ 4,5 milhões no exterior (Reprodução/Vimeo)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 11h53.

Curitiba e São Paulo - Uma offshore aberta no Panamá, a Shellbill Finance SA, que seria do marqueteiro João Santana e de sua mulher e sócia Mônica Moura, é o centro das investigações da Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira, 22.

A força-tarefa da Lava Jato encontrou evidências de que entre 25 de setembro de 2013 e 4 de novembro de 2014 o operador de propinas Zwi Skornicki - preso na Acarajé - efetuou a transferência no exterior de pelo menos US$ 4,5 milhões por meio de nove transações.

Em outra frente, a força-tarefa também rastreou pagamentos de offshores ligadas à Odebrecht para a Shellbill que totalizaram US$ 3 milhões entre 2012 e 2013.

A conta mantida no exterior pelos publicitários João Santana e Mônica Moura, profissionais então responsáveis pelo marketing da campanha eleitoral do PT "não foi declarada às autoridades brasileiras", informa o Ministério Público Federal.

Acarajé era o nome usado pelos investigados dessa nova fase da Lava Jato para falar de dinheiro - da mesma forma que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto usava o termo 'pixuleco' para se referir a valores de propinas.

Estão em cumprimento 51 mandados de prisão preventiva e temporária, busca e apreensão, condução coercitiva e bloqueio de ativos, para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobrás.

O esquema, segundo as suspeitas, se dava "por meio de pagamentos ocultos feitos no exterior pelo operador financeiro Zwi Skornicki e por offshores controladas pelo Grupo Odebrecht em favor dos publicitários João Cerqueira de Santana Filho e Mônica Regina Cunha Moura".

Radar

Preso nesta segunda-feira, Zwi Skornicki já era investigado na Lava Jato por ser um dos operadores financeiros que pagaram propinas para funcionários do alto escalão da Petrobrás e da Sete Brasil - empresa criada pela estatal para fornecer sondas de perfuração marítima para exploração do petróleo dos campos do pré-sal -, como o ex-diretor de Serviços Renato Duque, o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco e Eduardo Musa.

"Bem como para o Partido dos Trabalhadores. Entre 2003 e 2013, pagou mais de uma dezena de milhões de dólares em propina, parte do que foi objeto de prova documental consistente em comprovantes das transferências feitas no exterior a partir de conta controlada por Zwi diretamente para contas controladas por aqueles funcionários públicos", informa a força-tarefa da Lava Jato.

Segundo os colaboradores, os pagamentos foram feitos em benefício de contratos bilionários feitos pela empresa Keppel Fels com a Petrobrás e Sete Brasil.

Odebrecht

Em nota, a Odebrecht confirma operação da Polícia Federal em seus escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, "para o cumprimento de mandados de busca e apreensão". A empresa afirma ainda que "está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento".

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Curitiba e São Paulo - Uma offshore aberta no Panamá, a Shellbill Finance SA, que seria do marqueteiro João Santana e de sua mulher e sócia Mônica Moura, é o centro das investigações da Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira, 22.

A força-tarefa da Lava Jato encontrou evidências de que entre 25 de setembro de 2013 e 4 de novembro de 2014 o operador de propinas Zwi Skornicki - preso na Acarajé - efetuou a transferência no exterior de pelo menos US$ 4,5 milhões por meio de nove transações.

Em outra frente, a força-tarefa também rastreou pagamentos de offshores ligadas à Odebrecht para a Shellbill que totalizaram US$ 3 milhões entre 2012 e 2013.

A conta mantida no exterior pelos publicitários João Santana e Mônica Moura, profissionais então responsáveis pelo marketing da campanha eleitoral do PT "não foi declarada às autoridades brasileiras", informa o Ministério Público Federal.

Acarajé era o nome usado pelos investigados dessa nova fase da Lava Jato para falar de dinheiro - da mesma forma que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto usava o termo 'pixuleco' para se referir a valores de propinas.

Estão em cumprimento 51 mandados de prisão preventiva e temporária, busca e apreensão, condução coercitiva e bloqueio de ativos, para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobrás.

O esquema, segundo as suspeitas, se dava "por meio de pagamentos ocultos feitos no exterior pelo operador financeiro Zwi Skornicki e por offshores controladas pelo Grupo Odebrecht em favor dos publicitários João Cerqueira de Santana Filho e Mônica Regina Cunha Moura".

Radar

Preso nesta segunda-feira, Zwi Skornicki já era investigado na Lava Jato por ser um dos operadores financeiros que pagaram propinas para funcionários do alto escalão da Petrobrás e da Sete Brasil - empresa criada pela estatal para fornecer sondas de perfuração marítima para exploração do petróleo dos campos do pré-sal -, como o ex-diretor de Serviços Renato Duque, o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco e Eduardo Musa.

"Bem como para o Partido dos Trabalhadores. Entre 2003 e 2013, pagou mais de uma dezena de milhões de dólares em propina, parte do que foi objeto de prova documental consistente em comprovantes das transferências feitas no exterior a partir de conta controlada por Zwi diretamente para contas controladas por aqueles funcionários públicos", informa a força-tarefa da Lava Jato.

Segundo os colaboradores, os pagamentos foram feitos em benefício de contratos bilionários feitos pela empresa Keppel Fels com a Petrobrás e Sete Brasil.

Odebrecht

Em nota, a Odebrecht confirma operação da Polícia Federal em seus escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, "para o cumprimento de mandados de busca e apreensão". A empresa afirma ainda que "está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento".

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