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Odebrecht nega ter patrocinado desfile da Beija-Flor

A Beija-Flor apontou empreiteiras brasileiras que atuam no país como responsáveis pelo financiamento do polêmico desfile que homenageou a Guiné Equatorial


	Beija-flor: "a Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial", afirmou a empresa em nota
 (Marco Antonio Cavalcanti/Riotur)

Beija-flor: "a Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial", afirmou a empresa em nota (Marco Antonio Cavalcanti/Riotur)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 13h03.

Rio de Janeiro - A Construtora Noberto Odebrecht (CNO) divulgou nota na manhã desta quinta-feira em que nega ter patrocinado o polêmico desfile com que a Beija-Flor de Nilópolis, campeã do carnaval carioca de 2015, homenageou a Guiné Equatorial.

Sob o comando da ditadura de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo desde 1979, o pequeno país africano foi apontado como patrocinador do enredo.

Nega oficialmente, porém, ter dado dinheiro - de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões - para a agremiação exaltá-la na Sapucaí. A Beija-Flor apontou empreiteiras brasileiras que atuam no país como responsáveis pelo financiamento. Mas a CNO desmente ter sido uma delas e mesmo ter negócios na Guiné Equatorial.

"A Odebrecht não patrocinou o desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro", diz o texto divulgado pela empreiteira.

"A Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial. A empresa chegou a manter um pequeno escritório de representação no país africano, mas ele foi desativado em 2014."

A vitória da Beija-Flor, décimo-terceiro campeonato conquistado pela escola no atual Grupo Especial, foi cercada de controvérsia.

Uma delegação de autoridades da Guiné Equatorial esteve em um camarote na Passarela do Samba.

Um dos integrantes da comitiva era o vice-presidente do país e filho de Obiang, Teodoro Obiang Mangue, conhecido como Teodorin.

O governo, que alugou suítes no Hotel Copacabana Palace para seus integrantes que vieram ao Brasil acompanhar o desfile, nega, porém, que o presidente estivesse no grupo.

O presidente, informou por nota oficial o governo da Guiné Equatorial, estava na República de Camarões em 16 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval, quando a escola desfilou.

Era uma reunião do Conselho de Paz e Segurança da África Central, para discutir o enfrentamento do grupo terrorista Boko Haram.

Uma foto dos chefes de Estado e de governo, entre os quais está Obiang pai, foi postada no site da Comunidade Econômica dos Estados da África Central.

O presidente da Guiné Equatorial é o segundo na primeira fila, da esquerda para a direita. A data aparece em um banner, ao fundo.

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