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Obras de monotrilho saem do papel e devem durar quatro anos

Contrato é para a primeira integração no estado de São Paulo por meio da malha metroferroviária, unindo São Paulo ao ABC paulista

Miriam Belchior: ministra defende mais investimentos em cidades de médio porte (Valter Campanato/ABr)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 16h16.

São Paulo - A ministra do Planejamento , Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, defendeu hoje (22) a ampliação dos investimentos em mobilidade urbana em cidades de porte médio. “É preciso trabalhar nessas cidades”, disse a ministra, ao participar da assinatura do contrato de parceria público-privada (PPP) para construção do Monotrilho Linha 18-Bronze, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

O contrato é para a primeira integração no estado de São Paulo por meio da malha metroferroviária, unindo quatro municípios: São Paulo, São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

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A oficialização das parcerias entre os governos federal, estadual e municipal e o setor privado ocorre oito meses após o lançamento do edital e as obras poderão ter início imediato, apesar de serem necessárias desapropriações. Os trabalhos deverão ser concluídos até 2018.

Miriam Belchior enfatizou que esse empreendimento faz parte da política de apoio do governo federal aos investimentos para combater os problemas urbanos por meio dos recursos a fundo perdido da Advogacia-Geral da União (AGU) e dos financiamentos dos bancos públicos, em condições bastante favoráveis.

“Alguns diriam que é de pai para filho e nós, do governo federal, costumamos dizer que é de mãe para filho”, disse a ministra, referindo-se ao prazo de 30 anos para o pagamento, com cinco anos de carência e juros de 5%. Em todo o país, as parcerias somam recursos de R$ 143 bilhões em 650 quilômetros de transporte sobre trilhos e 3,2 mil de transporte sobre pneus, acrescentou.

Os investimentos na Linha 18-Bronze envolverão R$ 4,2 bilhões, dos quais R$ 2,3 milhões serão públicos e R$ 1,9 milhões do setor privado. Segundo o Ministério do Planejamento, o governo federal vai repassar R$ 1,6 milhão. Do lado do setor privado, os recursos deverão ser bancados pelo Consórcio ABC Integrado, que venceu a concorrência internacional por meio da PPP e que é formado pelas empresas Primav, Encalso, Cowan e Benito Roggio Transportes.

Com projeção de atender a 314 mil passageiros, o monotrilho terá 14,9 quilômetros de extensão e 13 estações, saindo da Tamanduateí, com integração com as linhas 2-Verde do Metrô e 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), indo até a Djalma Dutra, em São Bernardo do Campo. Pelo monotrilho, vão circular 26 trens e haverá um pátio de estacionamento e manutenção das composições, além de três terminais de integração intermodal e de um estacionamento para três trens ao longo da linha.

O governador Geraldo Alckmin informou que o estado custeará 50% do valor do empreendimento. Para Alckmin, a obra é uma grande conquista, pois, além de atender às necessidades de deslocamento da população, desafogará o trânsito com a retirada de 12 ônibus e 500 carros das ruas desse percurso.

Segundo o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, as desapropriações necessárias à obra vão ocorrer nas áreas próximas às estações e têm custo estimado em R$ 417 milhões.

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