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Obra no Itaquerão estava irregular, diz ministério

Segundo superintendente regional do Ministério do Trabalho em SP, Luiz Medeiros, esquema usado no Itaquerão tornava difícil aos operários ter segurança pessoal

O estádio Itaquerão: as obras das arquibancadas temporárias ficarão embargadas pelo menos até quinta-feira (Miguel Schincariol/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 20h28.

São Paulo - O superintendente regional do Ministério do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, disse hoje (1º) que as obras das obras de construção das arquibancadas temporárias da Arena Corinthians, o Itaquerão , estavam irregulares.

Segundo ele, os operários não dispunham de equipamentos coletivos de segurança e tinham dificuldade para usar os individuais.

Segundo Medeiros, o esquema usado no Itaquerão tornava difícil aos operários ter segurança pessoal. "Tanto é que, quando nós chegamos lá para interditar, ninguém estava usando o equipamento de segurança [individual], nem o encarregado [da obra]”, disse ele.

“A norma diz que tem de haver proteção coletiva. E, na visão do Ministério do Trabalho, não havia”, acrescentou Medeiros. A Superintendência recomenda o uso de uma rede de proteção para os operários.

As obras das arquibancadas temporárias ficarão embargadas pelo menos até quinta-feira (3), quando haverá nova reunião entre a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego e a Fast Engenharia, empresa responsável pela obra.

Os técnicos em segurança exigem a instalação de guarda-corpos e de cordas de segurança transversais e longitudinais, além da apresentação de um projeto de proteção coletiva para a obra.

Apesar de afirmar que houve irregularidade da empresa, Medeiros ressalvou que a fiscalização da obra também foi falha, e só percebeu os problemas após a ocorrência do acidente.

“Nós temos 400 fiscais [no estado de São Paulo] para milhões de obras. Não é possível que tenhamos um fiscal em cada obra”, defendeu-se.

O advogado da empresa Fast, David Rechulski, apresentou documentos que, segundo ele, comprovariam que a vítima estava apta a executar suas funções. Ele disse ainda que as cordas de segurança que havia no local do acidente podem ser consideradas equipamentos de proteção coletiva, como exige a norma trabalhista.

“Certamente, havia proteção coletiva. Existe uma empresa que foi contratada pela Fast especificamente para prover segurança no local aos trabalhadores”, destacou o advogado. “Havia outros dois operários na plataforma no momento do acidente, eles estavam conectados [à corda de segurança] e não sofreram nada”, acrescentou Rechulski.

A pbra foi interditada após da morte do operário Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, que caiu de uma altura de 8 metros, no último sábado (29). Em quatro meses, foi o segundo acidente nas obras do estádio , que receberá o jogo de abertura da Copa do Mundo. No final de novembro, dois operários morreram após a queda de um guindaste.

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Segundo ele, os operários não dispunham de equipamentos coletivos de segurança e tinham dificuldade para usar os individuais.

Segundo Medeiros, o esquema usado no Itaquerão tornava difícil aos operários ter segurança pessoal. "Tanto é que, quando nós chegamos lá para interditar, ninguém estava usando o equipamento de segurança [individual], nem o encarregado [da obra]”, disse ele.

“A norma diz que tem de haver proteção coletiva. E, na visão do Ministério do Trabalho, não havia”, acrescentou Medeiros. A Superintendência recomenda o uso de uma rede de proteção para os operários.

As obras das arquibancadas temporárias ficarão embargadas pelo menos até quinta-feira (3), quando haverá nova reunião entre a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego e a Fast Engenharia, empresa responsável pela obra.

Os técnicos em segurança exigem a instalação de guarda-corpos e de cordas de segurança transversais e longitudinais, além da apresentação de um projeto de proteção coletiva para a obra.

Apesar de afirmar que houve irregularidade da empresa, Medeiros ressalvou que a fiscalização da obra também foi falha, e só percebeu os problemas após a ocorrência do acidente.

“Nós temos 400 fiscais [no estado de São Paulo] para milhões de obras. Não é possível que tenhamos um fiscal em cada obra”, defendeu-se.

O advogado da empresa Fast, David Rechulski, apresentou documentos que, segundo ele, comprovariam que a vítima estava apta a executar suas funções. Ele disse ainda que as cordas de segurança que havia no local do acidente podem ser consideradas equipamentos de proteção coletiva, como exige a norma trabalhista.

“Certamente, havia proteção coletiva. Existe uma empresa que foi contratada pela Fast especificamente para prover segurança no local aos trabalhadores”, destacou o advogado. “Havia outros dois operários na plataforma no momento do acidente, eles estavam conectados [à corda de segurança] e não sofreram nada”, acrescentou Rechulski.

A pbra foi interditada após da morte do operário Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, que caiu de uma altura de 8 metros, no último sábado (29). Em quatro meses, foi o segundo acidente nas obras do estádio , que receberá o jogo de abertura da Copa do Mundo. No final de novembro, dois operários morreram após a queda de um guindaste.

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