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OAB vai pedir levantamento do sigilo das delações de Joesley

"O levantamento do sigilo é fundamental no primeiro momento para comprovar a veracidade desses fatos", disse Claudio Lamachia

A delação de Joesley Batista teria relatado que o presidente Michel Temer teria dado aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (Ueslei Marcelino/Reuters)

A delação de Joesley Batista teria relatado que o presidente Michel Temer teria dado aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2017 às 08h48.

São Paulo - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, afirmou que vai ainda nesta quinta-feira, 18, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir o levantamento do sigilo da delação do proprietário da J&F, controladora da JBS, Joesley Batista, no qual ele teria relatado que o presidente Michel Temer teria dado aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Lamachia, que estava em Alagoas, está neste momento retornando a Brasília.

"O levantamento do sigilo é fundamental no primeiro momento para comprovar a veracidade desses fatos. Se comprovado, chamo sessão extraordinária para avaliarmos quais seriam as medidas jurídicas cabíveis a serem tomadas pelo conselho. O ponto de partida de tudo isso é a confirmação dos fatos no levantamento do sigilo", disse em entrevista na manhã desta quinta-feira à Rádio Eldorado.

O presidente da OAB disse que nessas situações defende a publicidade dos processos, até porque dá a chance aos acusados de produzirem defesa. "Em outros casos, em que atrapalharia a investigação, a publicidade não se aplicaria."

Lamachia ainda comentou a decisão do STF de afastar o senador Aécio Neves (PSDB/MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR), também citados na delação de Batista.

"Age muito bem o STF. Não ha outra opção que não seja essa. Se temos confirmação de que STF determinou o afastamento de parlamentares, temos a comprovação do que foi divulgado pela mídia."

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