Brasil

OAB pede à PF inquérito sobre fraude em exames

O inquérito da PF aponta que 152 candidatos em 2009 e 2010 tiveram acesso antecipado às respostas das provas e 1.076 “colaram”

Ophir Cavalcante, presidente da OAB: os fraudadores poderão ter as carteiras da ordem cassadas (Wilson Dias/ABr)

Ophir Cavalcante, presidente da OAB: os fraudadores poderão ter as carteiras da ordem cassadas (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 12h31.

Brasília – A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitou hoje (12) à Polícia Federal (PF) o resultado das investigações sobre as fraudes aos exames da Ordem em 2009 e 2010. O inquérito da PF, apresentado ontem (11), aponta que 152 candidatos tiveram acesso antecipado às respostas das provas e 1.076 “colaram”.

Caso seja comprovada a fraude aos exames, os fraudadores poderão ter as carteiras da OAB cassadas, além de responder criminalmente pelas acusações. “Contra os responsáveis, será aberto processo disciplinar com direito à defesa, mas a Ordem não pode ser conivente com este tipo de postura que denigre a imagem da advocacia e faz que pessoas entrem pela a porta dos fundos”, disse à Agência Brasil o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante.

Segundo o inquérito da PF, foram fraudadas três provas da OAB aplicadas em maio e setembro de 2009 e em janeiro de 2010. Os envolvidos foram identificados por meio do Sistema de Prospecção e Análise de Desvios em Exames (Spade), software que rastreia, compara e analisa as respostas dos candidatos, apontando quais têm mais probabilidade de ser adulteradas. A PF ainda fez um laudo pericial e outras investigações.

A fraude aos exames da OAB, segundo a PF, foi cometida por uma quadrilha que também burlou concursos da própria PF, da Receita Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Já foram indiciadas 282 pessoas e 62 servidores públicos foram afastados ou impedidos de tomar posse por envolvimento no esquema. Os suspeitos são acusados de formação de quadrilha, estelionato qualificado, receptação, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoFraudesOABPolícia Federal

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso