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OAB e UNE defendem financiamento público de campanha

Organizações alegam que empresas não fazem doações, mas financiamento

Homem conta dinheiro: OAB também defende cassação automática para quem for flagrado com prática de caixa dois (Adriano Machado/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 13h54.

Brasília - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) defenderam hoje (15) o financiamento público das campanhas eleitorais. Em audiência pública promovida pelo grupo de trabalho Câmara dos Deputados que discute a reforma política, representantes das duas instituições argumentaram que a medida ajudaria a reduzir a força do poder econômico no processo eleitoral

“Defendemos o financiamento público de campanha porque, de fato, empresa não vota. O titular do voto é o cidadão. É fundamental debater o sistema de financiamento”, ressaltou o diretor da UNE Thiago José Aguiar da Silva. “Sabemos que empresas não fazem doação, mas investimento. Há uma certa amarração do poder político pelo poder econômico”, acrescentou.

Para o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, a doação de empresas é inconstitucional. Ele ainda citou pesquisa encomendada pela instituição em que 78% dos entrevistados se manifestaram contrariamente às doações de pessoas jurídicas.

Além de proibir a doação das empresas, Coêlho ressaltou a necessidade de punição rigorosa para prática do caixa 2. “Se vamos proibir a doação nas campanhas, temos que criminalizar o caixa 2. Também estamos sugerindo a cassação automática para quem for flagrado com prática de caixa 2, fazendo uma cercadura muito forte à contribuição ilícita. Temos que desestimular a contribuição ilícita.”

O presidente da OAB lembrou que na última terça-feira (13), ao lado de outras entidades da sociedade civil, a OAB apresentou ao Congresso um projeto de lei de iniciativa popular sobre a reforma política. Chamada de Eleições Limpas, a proposta prevê, entre outros pontos, a proibição da doação de pessoa jurídica e a criminalização do caixa 2.

Criado em julho, o grupo de trabalho da Câmara para discutir a reforma política tem prazo e três meses para apresentar uma proposta de reforma a ser votada posteriormente pela Casa.

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“Defendemos o financiamento público de campanha porque, de fato, empresa não vota. O titular do voto é o cidadão. É fundamental debater o sistema de financiamento”, ressaltou o diretor da UNE Thiago José Aguiar da Silva. “Sabemos que empresas não fazem doação, mas investimento. Há uma certa amarração do poder político pelo poder econômico”, acrescentou.

Para o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, a doação de empresas é inconstitucional. Ele ainda citou pesquisa encomendada pela instituição em que 78% dos entrevistados se manifestaram contrariamente às doações de pessoas jurídicas.

Além de proibir a doação das empresas, Coêlho ressaltou a necessidade de punição rigorosa para prática do caixa 2. “Se vamos proibir a doação nas campanhas, temos que criminalizar o caixa 2. Também estamos sugerindo a cassação automática para quem for flagrado com prática de caixa 2, fazendo uma cercadura muito forte à contribuição ilícita. Temos que desestimular a contribuição ilícita.”

O presidente da OAB lembrou que na última terça-feira (13), ao lado de outras entidades da sociedade civil, a OAB apresentou ao Congresso um projeto de lei de iniciativa popular sobre a reforma política. Chamada de Eleições Limpas, a proposta prevê, entre outros pontos, a proibição da doação de pessoa jurídica e a criminalização do caixa 2.

Criado em julho, o grupo de trabalho da Câmara para discutir a reforma política tem prazo e três meses para apresentar uma proposta de reforma a ser votada posteriormente pela Casa.

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