O que esperar da investigação da CPMI do 8 de Janeiro nesta semana
O esperado para semana é a aprovação da convocação dos ex-ministros Anderson Torres e general Augusto Heleno
Agência de notícias
Publicado em 12 de junho de 2023 às 10h52.
Última atualização em 12 de junho de 2023 às 10h54.
Após aprovação do plano de trabalho, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ( CPMI) do 8 de Janeiro retorna para as sessões nesta terça-feira, 13, com mais de 250 requerimentos para serem analisados e votados pelo grupo - sendo alguns com propostas semelhantes. O grupo terá um segundo encontro na quinta-feira, 15. O esperado para semana é a aprovação da convocação dos ex-ministros Anderson Torres e general Augusto Heleno, que atuaram na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Justiça e no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), respectivamente, postergada desde a semana passada pela comissão.
Agendada para as 9h da manhã, a comissão terá um conjunto de diversos requerimentos para serem apreciados. Os documentos solicitam alertas feitos pela Abin aos órgãos do governo federal sobre os riscos da manifestação no dia 8 de janeiro; arquivos e imagens, internas e externas, do Congresso Nacional, Superior Tribunal Federal, Palácio do Planalto, Itamaraty e Ministério da Justiça; informações sobre defesa do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante ataques; provas não sigilosas produzidas no STF âmbito do Inquérito n° 4879, que investiga os ataques; dentre outros.
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Na pauta, ainda constam convocações para depoimentos. Na lista estão o ex-ministro Anderson Torres - assunto central de 18 requerimentos de convocação -, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid; o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias; o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime; e o ex-diretor adjunto da Abin Saulo Moura da Cunha.
Na status de testemunha, ainda há convocações para ouvir o ex-ministro do GSI Augusto Heleno; e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. Há ainda um requerimento que convida o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Redes sociais na CPMI
As redes sociais também estão na pauta. Seis requerimentos solicitam que a Meta - que gere o Facebook e o Instagram -, Twitter, TikTok, Kwai, Discord e Telegram compartilhem informações sobre divulgação de conteúdos relacionado aos atos do dia 8 janeiro.
Na última sessão, o grupo aprovou o plano de trabalho apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA). No documento, a parlamentar propõe iniciar as investigações pelos atentados ocorridos em Brasília em dezembro do ano passado e ainda mira a atuação das Forças Armadas nos acampamentos golpistas, assim como as conversas do ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid sobre a orquestração de golpe de Estado após a sucessão presidencial.