Flávio Dino: ministro da Justiça e Segurança Pública (MAURO PIMENTEL/Getty Images)
Depois que um grupo com centenas de manifestantes bolsonaristas que marchava pela Esplanada dos Ministérios enfrentou os bloqueios policiais e invadiu o prédio do Congresso Nacional neste domingo, 8, membros do governo e polícia se manifestaram publicamente sobre a ação.
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Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, que mais cedo deu uma declaração afirmando que não só aqueles que participarem de protestos ilegais serão punidos, mas também seus financiadores, também fez uma postagem no Twitter sobre a invasão da Esplanada.
No tuíte afirmou: ''Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça''.
No sábado, 7, Dino autorizou o uso da Força Nacional para conter os atos e a Esplanada dos Ministérios foi fechada para veículos. Os manifestantes, porém, caminharam a pé do quartel general do Exército e foram até o Congresso Nacional, com faixas pedindo “Lula na cadeia”, “intervenção militar” e “Bolsonaro presidente”.
Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) January 8, 2023
Já o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, disse no Twitter que determinou que as forças de segurança tomassem providência: ''Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios. Determinei ao setor de operações da SSPDF, providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília''.
Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios. Determinei ao setor de operações da SSPDF, providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília.
— Anderson Torres (@andersongtorres) January 8, 2023
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), repudiou as manifestações antidemocráticas que ocorrem na Esplanada dos Ministérios. De acordo com ele, os atos devem "sofrer o rigor da lei com urgência".
Em publicação no Twitter, Pacheco disse ter falado com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), "com quem venho mantendo contato permanente". "O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação", declarou. "Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso."
Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação.
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) January 8, 2023
Para Arthur Lira, presidente da Câmara, cobrou a identificação dos manifestantes e a devida punição pelos atos.
O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) January 8, 2023
O líder do PT no Senado Jean Paul Prates questionou o suporte financeiro dado ao ato bolsonarista: ''Quem financia os atentados à democracia? Quem paga os terroristas que destroem o patrimônio público? Quem deseja o caos e um Brasil de joelhos diante desses atentados?', escreveu o senador no Twitter.
É urgente que as forças de segurança detenham o absurdo golpista que está acontecendo em Brasília. É preciso prender quem está promovendo essas arruaças e, imediatamente, ir atrás de quem financiou estes atentados. Chega de tolerância com intolerantes!
— Jean Paul Prates (@jeanpaulprates) January 8, 2023
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aliado do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, condenou as cenas de vandalismo praticadas neste domingo. "Em um ambiente democrático, as cenas que vemos em Brasília são inadmissíveis. Manifestações pacíficas fazem parte da democracia, vandalismo não!", disse Castro.
Reitero meu compromisso com a ordem democrática – hoje e sempre. Seremos enérgicos contra toda e qualquer manifestação que não respeite os patrimônios público e privado, e o direito de ir e vir dos cidadãos do Rio de Janeiro.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) January 8, 2023
No Supremo Tribunal Federal (STF), manifestações da presidente Rosa Weber e do ministro Alexandre de Moraes. Em nota, Weber disse que a Corte "não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao Estado Democrático de Direito" e que o STF atuará "para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos".
Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos. O Judiciário não faltará ao Brasil!
— Alexandre de Moraes (@alexandre) January 8, 2023
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defendeu a responsabilização dos organizadores e participantes dos atos "com os rigores da lei".
Estes ataques devem ser imediatamente contidos e seus organizadores e participantes responsabilizados com os rigores da lei. Os cidadãos e a democracia precisam ser protegidos.
— CNBB (@CNBBNacional) January 8, 2023