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O jogo aberto das alianças: no mesmo dia, DEM flerta com Alckmin e Ciro

Ciro afirmou que o único partido com o qual não se aliará de forma nenhuma é o MDB de Michel Temer.

Rodrigo Maia: o presidente da Câmara, ele próprio pré-candidato, lidera as articulações do DEM (Cristiano Mariz/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2018 às 06h23.

Última atualização em 13 de junho de 2018 às 07h25.

A quarta-feira terá uma nova rodada de negociações para formar as chapas presidenciais para as eleições de outubro. Com a aproximação do pleito, os partidos começam a ter definições importantes sobre o tempo de TV a que cada sigla terá direito, importante moeda de troca numa corrida eleitoral hiper fragmentada.

Segundo levantamento do Banco BTG Pactual divulgado ontem por EXAME, PT, PMDB e PSDB, os maiores partidos do país, terão, juntos, apenas 34% dos 95 minutos de propaganda eleitoral diária no rádio e na TV. Os candidatos que lideram a corrida terão menos tempo: 3,6 minutos para Ciro Gomes, do PDT, 26 segundos para Jair Bolsonaro, do PSL, e 16 segundos para Marina Silva, da Rede.

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Dois dos partidos mais buscados para a coligação são o PSB, com direito a 93 segundos, e o DEM, que terá 59 segundos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá nesta quarta-feira encontros com Geraldo Alckmin, candidato do PSDB, e com Cid Gomes, irmão do candidato pedetista Ciro Gomes. O DEM é um histórico aliado do PSDB, mas as dificuldades de articulação e os maus resultados de Alckmin nas pesquisas fazem com que a coligação para este ano seja incerta.

Ciro afirmou que o único partido com o qual não se aliará de forma nenhuma é o MDB de Michel Temer. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o PDT tentou manter em sigilo o encontro com o DEM para não melindrar partidos de esquerda com quem também negocia alianças, principalmente o PSB e o PC do B.

Segundo a coluna da jornalista Vera Magalhães, no Estado de S. Paulo, o PSB está mais perto de selar uma aliança com o PDT de Ciro Gomes a ficar solteiro nas eleições nacionais como, segundo ela, defende a ala do partido mais próxima ao PT. O PSB, vale lembrar, apostava no ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa, que desistiu de disputar o pleito presidencial.

As grandes incógnitas são as coligações dos dois candidatos que lideram as pesquisas no cenário sem Lula: Bolsonaro e Marina. Marina formou chapa com o PSB nas últimas eleições e já é cogitada até numa aliança com os tucanos desta vez. Já Bolsonaro teria um caminho mais lógico com os partidos do chamado Centrão. Siglas como PP, PR e PTB têm, cada uma, mais de um minuto de tempo de rádio e TV, segundo a estimativa do BTG Pactual.

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