Ciro Gomes, candidato à Presidência, em evento em Brasília em junho (Andre Coelho/Bloomberg)
João Pedro Caleiro
Publicado em 30 de agosto de 2018 às 15h14.
Última atualização em 30 de agosto de 2018 às 18h10.
São Paulo - "A política econômica do Brasil está totalmente equivocada", de acordo com o candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes.
Em respostas enviadas para EXAME, ele defende ajuste do câmbio, redução dos juros e uma reforma da Previdência "sem atacar direitos dos mais frágeis, mas acabando com privilégios".
EXAME enviou as mesmas perguntas para as assessorias dos quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas assim como para Fernando Haddad (PT), vice da chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso e não deve poder concorrer.
As respostas de Geraldo Alckmin serão publicadas nesta sexta-feira (31) e as de Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) continuam sendo solicitadas, assim como as de Haddad. Veja as respostas de Ciro:
A desigualdade social que vem produzindo a mazela de 13 milhões de desempregados no Brasil, mais de 32 milhões de pessoas na informalidade, mais de 63 milhões de compatriotas com nome sujo no SPC e uma precarização nos serviços públicos que não dá conta de oferecer saúde, educação e oportunidades para nossa população.
A política econômica do Brasil está totalmente equivocada. Por isso, estamos defendendo um projeto nacional de desenvolvimento que possa ajustar o câmbio, reduzir juros e retomar o protagonismo do setor produtivo no País, gerando empregos e oportunidades..
Não é possível dizer apenas uma, já que precisamos reformar o Brasil em diversas áreas que se complementam. Dentro do projeto nacional de desenvolvimento que defendo, temos que fazer reformas fiscal e tributária, simplificando e cobrando de quem pode pagar mais e cobrando menos da classe média e dos mais pobres, da previdência sem atacar direitos dos mais frágeis, mas acabando com privilégio, entre outras.
Defendo a construção de um projeto nacional de desenvolvimento que permita a retomada do protagonismo do setor produtivo em nossa economia. Para oferecer as condições para que isso ocorra, é necessário combinar, primeiro, câmbio competitivo e juros baixos e, depois, realizar um ajuste fiscal, assim como medidas que ampliem a competitividade no setor financeiro. Vamos criar ainda políticas industriais e garantir investimento público em infraestrutura.
Ficha limpa, experiência, compromissos efetivos com o futuro do País e propostas claras.