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O futuro em jogo hoje

A única certeza hoje, em Brasília, é que o dia será um marco para o governo. A partir das 19h, o destino do deputado federal afastado Eduardo Cunha será selado. Tudo indica que um dos homens mais poderosos da República terá sua cabeça cortada por seus pares – a menos que uma reviravolta jogue o […]

EDUARDO CUNHA: a vida do governo será difícil em qualquer cenário; se o deputado for salvo, ficará impossível  / Ueslei Marcelino/Reuters

EDUARDO CUNHA: a vida do governo será difícil em qualquer cenário; se o deputado for salvo, ficará impossível / Ueslei Marcelino/Reuters

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 06h14.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h43.

A única certeza hoje, em Brasília, é que o dia será um marco para o governo. A partir das 19h, o destino do deputado federal afastado Eduardo Cunha será selado. Tudo indica que um dos homens mais poderosos da República terá sua cabeça cortada por seus pares – a menos que uma reviravolta jogue o mundo político mais uma vez no escuro. Até aqui, nenhum deputado foi salvo depois que a votação para cassação do cargo passou a ser aberta, em 2013. É menos provável ainda que isso aconteça em vésperas de eleições municipais, com 56 deputados disputando o cargo de prefeito em alguma cidade do país. Cunha é o político mais rejeitado da história do país, com 80% de rejeição.

Se for de fato cassado, Cunha ficará apenas com a glória pessoal de ter derrubado a ex-presidente Dilma Rousseff. Perde o foro privilegiado e deve manter pouca influência na Câmara. Aliados acham que Cunha poderia ter aberto mão da presidência da Câmara ainda no ano passado, e que errou na estratégia de jogar sua votação para setembro, contando com o baixo quórum na Casa. Às portas da eleição, marcar ponto na Câmara virou uma obrigação de deputados com ambições políticas – pelo menos, na teoria.

Para o governo de Michel Temer, a votação é o ponto alto de uma semana importe – provavelmente a única de trabalhos no Congresso antes das eleições municipais. O governo decidiu não colocar o dedo em articulações pró Cunha – por ideologia, ou para evitar inflar ainda mais as ruas. Já no Senado, o plenário tem sessões deliberativas na segunda e na terça-feira. Entre outros projetos, pode voltar para a pauta a discussão sobre o reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal – de 33.400 para 39.200 reais. O presidente disse no final de semana ser contra o aumento.

A vida do governo será dura em qualquer cenário nos próximos dias. Se a Câmara decidir salvar Cunha, pode ficar impossível.

 

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