Exame Logo

O Brasil que Temer encontrará ao voltar da China

Após 4 dias na Ásia, o peemedebista retorna ao Brasil e encontra um ambiente pouco amistoso em relação ao seu governo

Michel Temer: (REUTERS/Rolex dela Pena)

Marcelo Ribeiro

Publicado em 6 de setembro de 2016 às 13h04.

Brasília – Poucas horas após assumir efetivamente a Presidência da República, Michel Temer ( PMDB ) embarcou para China para participar de reuniões do G20. Após 4 dias na Ásia, o peemedebista retorna ao Brasil e encontra um ambiente pouco amistoso em relação ao seu governo.

Diferentemente do que declarou durante a viagem, Temer verá que as manifestações contra seu governo não foram tão inexpressivas. Apenas em São Paulo, mais de 100 mil pessoas protestaram, segundo organizadores.

Além disso, o presidente terá que dar sinais claros de seus compromissos com o ajuste fiscal e as medidas econômicas para evitar novos estremecimentos na base aliada. O suposto conchavo entre PMDB e o PT para manter os direitos políticos de Dilma na votação do impeachment não agradou o PSDB e o DEM, partidos importantes da base governista.

No final de semana, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que Temer precisa acabar com as ambiguidades e abandonar os vícios adquiridos na convivência com o PT. “Sem apoio do PSDB, não existirá governo Temer”, disse o tucano.

Há a expectativa de que a votação do reajuste do Supremo Tribunal Federal (STF) fique apenas para a próxima semana. Temer também precisará articular para que o assunto não crie problemas para seu governo. Enquanto o PMDB defende a aprovação do aumento, partidos da base não escondem oposição à medida.

As más notícias não param por aí. Uma investigação da Polícia Federal revela indícios de que o PMDB e quatro senadores da legenda receberam propina das empresas que construíram a usina de Belo Monte, no Pará, por meio de doações legais.

O volume de contribuições das empresas que construíram a hidrelétrica para as campanhas do PMDB é expressivo e fomentou a desconfiança. De acordo com relatório da PF, foram R$ 159,2 milhões nas eleições de 2010, 2012 e 2014.

Não bastasse isso, o peemedebista terá que driblar dificuldades como a falta de quórum para emplacar medidas econômicas essenciais para o país. A votação do teto de gastos públicos e a reforma da Previdência estão na fila.

Para não dizer que sua chegada será marcada por uma tempestade de más notícias, tudo indica que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deixará o Palácio da Alvorada nesta terça-feira (6). Se isso acontecer, Temer poderá deixar o Palácio do Jaburu e se mudar para a residência oficial da Presidência da República ainda nesta semana.

[videos-abril id="d5eab2e46d3e371447fb2a9b94ea48fd?autoplay=true&startoutput=720p" showtitle="false"]

Veja também

Brasília – Poucas horas após assumir efetivamente a Presidência da República, Michel Temer ( PMDB ) embarcou para China para participar de reuniões do G20. Após 4 dias na Ásia, o peemedebista retorna ao Brasil e encontra um ambiente pouco amistoso em relação ao seu governo.

Diferentemente do que declarou durante a viagem, Temer verá que as manifestações contra seu governo não foram tão inexpressivas. Apenas em São Paulo, mais de 100 mil pessoas protestaram, segundo organizadores.

Além disso, o presidente terá que dar sinais claros de seus compromissos com o ajuste fiscal e as medidas econômicas para evitar novos estremecimentos na base aliada. O suposto conchavo entre PMDB e o PT para manter os direitos políticos de Dilma na votação do impeachment não agradou o PSDB e o DEM, partidos importantes da base governista.

No final de semana, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que Temer precisa acabar com as ambiguidades e abandonar os vícios adquiridos na convivência com o PT. “Sem apoio do PSDB, não existirá governo Temer”, disse o tucano.

Há a expectativa de que a votação do reajuste do Supremo Tribunal Federal (STF) fique apenas para a próxima semana. Temer também precisará articular para que o assunto não crie problemas para seu governo. Enquanto o PMDB defende a aprovação do aumento, partidos da base não escondem oposição à medida.

As más notícias não param por aí. Uma investigação da Polícia Federal revela indícios de que o PMDB e quatro senadores da legenda receberam propina das empresas que construíram a usina de Belo Monte, no Pará, por meio de doações legais.

O volume de contribuições das empresas que construíram a hidrelétrica para as campanhas do PMDB é expressivo e fomentou a desconfiança. De acordo com relatório da PF, foram R$ 159,2 milhões nas eleições de 2010, 2012 e 2014.

Não bastasse isso, o peemedebista terá que driblar dificuldades como a falta de quórum para emplacar medidas econômicas essenciais para o país. A votação do teto de gastos públicos e a reforma da Previdência estão na fila.

Para não dizer que sua chegada será marcada por uma tempestade de más notícias, tudo indica que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deixará o Palácio da Alvorada nesta terça-feira (6). Se isso acontecer, Temer poderá deixar o Palácio do Jaburu e se mudar para a residência oficial da Presidência da República ainda nesta semana.

[videos-abril id="d5eab2e46d3e371447fb2a9b94ea48fd?autoplay=true&startoutput=720p" showtitle="false"]

Acompanhe tudo sobre:MDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame