O que Temer quer na China?
Se tudo ocorrer como o governo interino deseja, em 24 horas Michel Temer será empossado presidente. E, em pouco mais de 24 horas, ele estará embarcando para a China, com uma comitiva de ministros que inclui Henrique Meirelles, da Fazenda, Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Blairo Maggi, da Agricultura. Lá, vai participar da reunião […]
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2016 às 20h53.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.
Se tudo ocorrer como o governo interino deseja, em 24 horas Michel Temer será empossado presidente. E, em pouco mais de 24 horas, ele estará embarcando para a China, com uma comitiva de ministros que inclui Henrique Meirelles, da Fazenda, Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Blairo Maggi, da Agricultura. Lá, vai participar da reunião de líderes do G20em Hangzhou nos dias 4 e 5 de setembro. Por que tanta pressa?
A viagem marca uma mudança na estratégia política do governo. Conquistada a vitória em casa, é hora de começar a mudar a percepção internacional. Outros compromissos prováveis na agenda são os Estados Unidos, onde deve participar da Assembleia-Geral da ONU, além de Índia, Japão, Colômbia e Argentina.
Na China, o peemedebista deve apresentar suas propostas de reestruturação econômica e tentar fechar acordos de abertura de mercado. Segundo o Itamaraty, já há encontros agendados com líderes de China, Itália, Espanha e Arábia Saudita. No dia 2, Temer se encontra com empresários e investidores chineses em Xangai. As prioridades são ampliar o comércio de carne brasileira na China e negociar a venda de aeronaves da Embraer. E, claro, atrair investidores chineses para o Brasil.
“O governo Temer tende a abrir o mercado brasileiro para os chineses. Há uma proatividade para fechar negócios e também uma mobilização de empresários”, afirma Renata Amaral, sócia da consultoria Barral M. Jorge. Temer já sinalizou a importância da China quando assumiu interinamente. Nomeou para a presidência da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) e para a secretaria-geral da Câmara de Comércio Exterior (Camex) os diplomatas Roberto Jaguaribe e Tatiana Rosito, ex-embaixadores na China.
Com o Brasil precisando atrair investimentos, e o governo precisando construir sua imagem internacional, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deve ocupar com frequência a cadeira presidencial. A começar por quinta-feira.