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Nunes afirma que o 'ideal' é manter tarifa de ônibus congelada em SP

No entanto, prefeito ressaltou que, se não for possível manter a tarifa atual, espera que reajuste não seja maior que a inflação

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 20h09.

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou nesta quarta-feira, 17, que ainda não há uma decisão final sobre o reajuste das tarifas de ônibus na capital paulista e trabalhará para evitar um aumento real no valor das passagens. Mesmo assim, o prefeito não descartou a possibilidade de encarecimento da tarifa.

"Vamos trabalhar bastante para que não tenha aumento real. O ideal é manter congelada a tarifa, e se não conseguirmos, que isso não passe da inflação", declarou Nunes, em coletiva de imprensa.

O prefeito enfatizou que o objetivo é não sobrecarregar a população com um reajuste significativo, buscando equilibrar as necessidades financeiras do sistema de transporte com o impacto para os usuários.

"A tarifa de São Paulo é a menor de toda a região metropolitana. Todas as cidades do entorno que variam de R$ 5,40 a R$ 5,80, enquanto a nossa se encontra em R$ 5. Se não tivéssemos um subsídio, que no ano passado foi de R$ 6 bilhões, a tarifa seria aproximadamente R$ 9", explicou. "Então, mantemos em R$ 5 para que as pessoas tenham mais acesso ao transporte público e a prefeitura tem capacidade de manter esse subsídio, mas temos que equilibrar isso para não tirar dinheiro da saúde, habitação e de outros setores", acrescentou.

No último ano, a tarifa de ônibus aumentou de R$ 4,40 para R$ 5, representando um aumento de 13,6%. Já a tarifa de integração passou de R$ 8,20 para R$ 8,90. Além disso, o governo do Estado também elevou a tarifa das linhas de metrô e dos trens da CPTM e da ViaMobilidade, de R$ 5 para R$ 5,20.

Avaliações com o governo de SP

Questionado sobre quando tomará uma decisão sobre o reajuste, o prefeito esclareceu que depende de dados fornecidos pela SPTrans para avaliar o cenário e possível arrecadação.

"Em relação aos estudos da correção das tarifas, sempre recebemos os levantamentos da SPTrans que trazem um panorama sobre o custeio do sistema, a questão de dissídio, preço de diesel e preço de pneus. Além da possibilidade de arrecadação por conta da tarifa, mas esses estudos ainda não foram apresentados".

Nunes também afirmou que pretende discutir o reajuste com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"Assim que eles [SPTrans] me trazerem o estudo, podemos sentar com o governo do Estado para conversar, por uma questão de integração, e vamos apresentar se haverá ou não reajuste".

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