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Nunca esqueceremos gestos dos colombianos, diz Serra em Medellín

Representando o Brasil em Medellín, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, fez um discurso emocionado

Homenagem: os nomes de todas as vítimas foram declamados sob muitos aplausos (Jaime Saldarriaga/Reuters)

Homenagem: os nomes de todas as vítimas foram declamados sob muitos aplausos (Jaime Saldarriaga/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 10h24.

O palco que deveria celebrar uma final inédita da Copa Sul-Americana, o estádio Atanasio Girardot, em Medellín, tornou-se um dos locais de uma das mais belas homenagens já vistas no mundo do futebol.

Além das milhares que ficaram do lado de fora, mais de 40 mil pessoas lotaram ontem (30) a casa do Atlético Nacional para homenagear os 71 mortos na queda do avião da LaMia que levava a delegação da Chapecoense para a inédita disputa.

Às 21h45, horário em que deveria começar a primeira partida da final, as torcidas da Chapecoense e do Atlético Nacional começaram simultaneamente, na Arena Condá, em Chapecó (SC), e no Atanásio Girardot, a homenagem aos mortos no acidente da última terça-feira (29).

Representando o Brasil em Medellín, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, fez um discurso emocionado.

"Nós brasileiros não esqueceremos jamais a forma como os colombianos sentiram como seu o terrível desastre que interrompeu o sonho da heroica equipe da Chapecoense. Assim como não esqueceremos a atitude do Atlético Nacional e de todos os torcedores que pediram que se concedesse o título da Copa Sul-Americana à Chapecoense. Um gesto que honra o esporte e que honra a querida cidade de Medellín", disse.

A homenagem durou os 90 minutos que deveria durar a partida. Na Arena Condá, milhares de pessoas se reuniram para uma cerimônia religiosa e para lembrar dos "heróis" locais, com muitas lágrimas e homenagens.

Com cantos de "é campeão" e da música criada pelos torcedores do Nacional para a Chapecoense, os torcedores promoveram uma belíssima homenagem aos falecidos.

"A tragédia que vitimou também jornalistas e membros da tripulação e as inúmeras manifestações de carinho para a Chape no Brasil, na Colômbia e no mundo são testemunhas da importância da nobreza do esporte como catalisador dos melhores sentimentos humanos, como arma para combater a intolerância, como instrumento para construirmos um mundo melhor", disse Serra, lembrando que as cores da Chapecoense e do Atlético são verde e branco, "esperança e paz".

Os nomes de todas as vítimas - incluindo os jornalistas e a tripulação que faleceram - foram declamados sob muitos aplausos.

*Com informações da Agência Ansa

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