Número de mortos no desabamento na Muzema chega a 16
Nesta terça-feira mais quatro corpos foram encontrados sob a montanha de escombros dos edifícios
Reuters
Publicado em 16 de abril de 2019 às 07h20.
Última atualização em 16 de abril de 2019 às 12h40.
Rio de Janeiro — O número de mortos pelo desabamento de dois prédios irregulares na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro , subiu para 16, informou o Corpo de Bombeiros nesta terça-feira, e oito pessoas permanecem desaparecidas.
Nesta terça-feira mais quatro corpos foram encontrados sob a montanha de escombros dos edifícios, e uma outra vítima fatal já havia sido encontrada na segunda-feira.
Os bombeiros ainda buscam por oito desaparecidos na tragédia ocorrida na sexta-feira, e, à medida que o tempo passa, a possibilidade de se encontrar sobreviventes se torna mais difícil.
"Só vamos sair da Muzema quando toda a área for vasculhada. O tempo melhorou e isso ajuda nos trabalhos, mas o tempo (cronológico) é nosso maior adversário", disse um porta-voz dos bombeiros.
Cerca de 100 homens trabalham nas buscas no local do desabamento e, desde sexta-feira, amigos e parentes de desaparecidos fazem uma vigília no local. Bombeiros, defesa civil e Exército contam com ajuda de drones e cães farejadores na operação de salvamento.
A polícia já abriu investigações para apurar responsabilidade pelas construções que ruíram e para obter mais detalhes sobre o avanço das milícias na construção de imóveis em áreas sob seu domínio em regiões carentes e favelas da cidade.
A Muzema, no bairro do Itanhangá, é uma área dominada por milicianos que controlam distribuição de água, gás, transporte alternativo, TV a cabo, segurança e, mais recentemente, a construção de imóveis.
O presidente da associação de moradores do local é aguardado para prestar depoimento nesta terça-feira. Moradores da Muzema chamados para ajudar nas investigações da polícia não compareceram com medo de represálias, segundo a polícia.