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Número de casos de estupro no Brasil pode ser 10 vezes maior

Segundo especialistas, número real de estupros no Brasil pode corresponder a dez vezes o que é notificado

Estupro: maioria das ocorrências não chega a ser notificada, o que pode fazer com que o número de estupros no país seja 10 vezes maior que o divulgado. (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2016 às 08h01.

São Paulo - Uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no País. O dado da frequência de ataques sexuais ganhou destaque após a repercussão de estupros coletivos cometidos no Rio e no Piauí , na semana passada, e estampou cartazes em atos realizados em diversos Estados.

O número, no entanto, é reconhecidamente subnotificado e, segundo especialistas, pode ser até dez vezes maior - estima-se que mais de meio milhão de mulheres, por ano, tenham sofrido algum tipo de violência sexual. A proporção, então, seria de quase um abuso por minuto.

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do governo federal, estimaram, com base em dados de pesquisa feita em 2013, que 0,26% da população tenha sofrido algum tipo de violência sexual, porcentagem que equivale a 527 mil pessoas - 10% chegam ao conhecimento da polícia.

"Os números são bem maiores do que os que chegam à polícia, sem dúvida. As mulheres se sentem constrangidas em ter de passar pelo julgamento social e das autoridades. Acabam não denunciando", disse a promotora Maria Gabriela Prado Manssur, especialista no enfrentamento à violência contra a mulher do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Para a promotora, a falta de notificação representa um risco, já que um ataque inicial pode voltar a acontecer de forma mais grave. "Os ataques representam um total desrespeito à liberdade sexual da mulher, e se mostram como uma forma de controle e opressão."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no País. O dado da frequência de ataques sexuais ganhou destaque após a repercussão de estupros coletivos cometidos no Rio e no Piauí , na semana passada, e estampou cartazes em atos realizados em diversos Estados.

O número, no entanto, é reconhecidamente subnotificado e, segundo especialistas, pode ser até dez vezes maior - estima-se que mais de meio milhão de mulheres, por ano, tenham sofrido algum tipo de violência sexual. A proporção, então, seria de quase um abuso por minuto.

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do governo federal, estimaram, com base em dados de pesquisa feita em 2013, que 0,26% da população tenha sofrido algum tipo de violência sexual, porcentagem que equivale a 527 mil pessoas - 10% chegam ao conhecimento da polícia.

"Os números são bem maiores do que os que chegam à polícia, sem dúvida. As mulheres se sentem constrangidas em ter de passar pelo julgamento social e das autoridades. Acabam não denunciando", disse a promotora Maria Gabriela Prado Manssur, especialista no enfrentamento à violência contra a mulher do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Para a promotora, a falta de notificação representa um risco, já que um ataque inicial pode voltar a acontecer de forma mais grave. "Os ataques representam um total desrespeito à liberdade sexual da mulher, e se mostram como uma forma de controle e opressão."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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