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Novos ônibus em SP não terão espaço para cobrador

A regra não valerá para ônibus maiores, os articulados ou biarticulados

Ônibus: layout interno dos veículos terá de ser projetado sem o banco dos cobradores (wsfurlan/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de junho de 2019 às 20h41.

São Paulo — Os projetos de novos ônibus em São Paulo deverão suprimir os espaços para cobradores. A partir de setembro, o layout interno dos veículos terá de ser projetado sem o banco usado por esses profissionais e a caixa de cobrança.

Uma circular com a regra foi enviada na semana passada pela SPTrans às empresas do sistema de transporte coletivo. O texto se refere ao projeto de novos veículos dos tipos padron (veículos com até 15 metros de comprimento) e básico.

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Hoje, o manual de padrões técnicos dos veículos, da Prefeitura de São Paulo, considera o espaço para o cobrador nesses ônibus. Os modelos padron e básico são de ônibus de média capacidade, que podem circular por grandes avenidas e ruas movimentadas.

Atualmente, os ônibus padron e básicos correspondem a 46% da frota total de ônibus na cidade, de 14,4 mil veículos, de acordo com dados da Prefeitura de 2017. Segundo a SPTrans, osque já estão em circulação não terão de se adaptar.

Em nota, a SPTrans informou que a circular se refere ao layout interno dos futuros ônibus, que passarem a ser adquiridos pelas empresas. A regra não valerá para ônibus maiores, os articulados ou biarticulados.

Segundo o órgão, desde 2014, 6 mil veículos do subsistema local — os ônibus menores, que fazem a ligação dos bairros com terminais de Metrô, por exemplo — já circulam sem cobrador.

Efeitos

De acordo com a SPTrans, não há plano de demissão dos cobradores. "Com o avanço da tecnologia e cobrança automática das tarifas no transporte coletivo, esses profissionais já passam por programas de reciclagem nas empresas", informou.

Os cobradores deverão são reaproveitados pelo sistema em outras atividades como fiscalização, manutenção e administração. Para realizar essas funções, a reciclagem dos cobradores ocorre "de maneira natural nas empresas", segundo o órgão.

A SPTrans estima que apenas 5% dos passageiros façam o pagamento da tarifa em dinheiro.

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