Kim Jong Un: líder norte-coreano acompanhou o novo teste de míssil realizado nesta quarta (KCNA/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 07h02.
Última atualização em 29 de novembro de 2017 às 07h17.
Contas no azul
O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) teve superávit primário de 5,19 bilhões de reais em outubro, o primeiro resultado positivo desde abril. O resultado veio acima do esperado, ajudado pela receita extraordinária com a renegociação tributária. No entanto, segundo informou o Tesouro nesta terça-feira, o saldo em 12 meses continuou no vermelho, com déficit de 207,3 bilhões de reais. O resultado ainda é longe da meta do governo para 2017, rombo primário de 159 bilhões de reais. Apesar disso, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirma que a meta será alcançada com tranquilidade. “A execução financeira no último bimestre do ano será diferenciada, com a concentração de receitas financeiras que entrarão em novembro e dezembro com concessões já realizadas, no total de 26 bilhões de reais. Também teremos despesas menores nesses dois meses, sem precatórios ou pagamentos atrasados a regularizar”, detalhou.
_
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:
Minha Casa, Minha Vida em alta
As construtoras lançaram um total de 6,3 milhões de imóveis entre 2008 e 2017, sendo que 77,8% pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Já os empreendimentos de médio e alto padrão corresponderam a 20,7% dos lançamentos desde 2008 até agosto deste ano, enquanto os imóveis comerciais representaram 1,6%. De acordo com a pesquisa, o setor respondeu pela criação média de 1,9 milhão de empregos por ano em todo o país entre 2010 e 2017.
_
Petro no nível 2
A Petrobras vai ingressar no nível 2 de governança corporativa da bolsa brasileira nos próximos 15 a 20 dias. A informação é do diretor de governança e conformidade da companhia, João Elek, que participou do 38º Congresso Brasileiro de Auditoria Interna (Cobrain). A Petrobras aguarda apenas o anúncio da bolsa para mudar de nível. A migração não significa que o acionista preferencialista ganhará direito de voto, como ocorre em empresas que atingem o nível 2 de governança corporativa. “Antes de ocorrer a assembleia, o ponto de vista dele [acionista preferencialista] será divulgado no edital, ele poderá inclusive influenciar a assembleia”, explicou Elek. Ele lembrou que a Petrobras foi criada por uma lei que impede que o acionista preferencialista tenha direito a voto, mesmo após três anos de prejuízo seguido, como ocorre com outras empresas.
–
Presidente do PR se entrega à Justiça
Após quatro dias foragido, o ex-ministro dos Transportes e presidente do Partido da República (PR), Antonio Carlos Rodrigues, entregou-se nesta terça-feira à Polícia Federal em Brasília. Rodrigues era procurado desde o dia 24, quando a Justiça determinou sua prisão pelos crimes de corrupção, extorsão, participação em organização criminosa e falsidade ideológica. O presidente do PR é investigado na mesma ação que resultou na prisão dos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Rosinha — ambos do PR. A prisão do ex-senador tem relação com o depoimento prestado por Ricardo Saud, da JBS, à PF, no qual ele diz ter feito pagamentos ao PR em troca de apoio do partido à chapa da então presidente Dilma Rousseff em 2014.
–
PSDB diz querer “choque de capitalismo”
O PSDB divulgou na tarde desta terça-feira, em Brasília, a atualização do seu programa partidário para 2018 buscando combinar uma doutrina liberal na economia com políticas sociais à esquerda. O documento, batizado de “Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos”, formulado pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), dá os primeiros contornos da agenda de país que os tucanos devem levar às urnas nas eleições de 2018, provavelmente representados na campanha pelo atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. A legenda cita o ex-governador paulista Mário Covas, o primeiro candidato presidencial do partido, em 1989, para defender um “choque de capitalismo” no Brasil, mas com um Estado que não possa ser considerado “nem máximo, nem mínimo”, porque esse é “um falso dilema”. Para promover o choque, o partido defende “mais mercado”, corte de gastos públicos, de cargos e ministérios, reforma da Previdência, ampliação das concessões e privatizações e acordos comerciais mais lucrativos e menos políticos. Na agenda, também estão a cobrança de serviços públicos dos mais ricos e o fim da garantia de estabilidade de servidores.
–
Supremo nega liberdade a Cunha
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta terça-feira um pedido de liberdade do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso desde outubro de 2016 na Operação Lava-Jato, por ordem do juiz federal Sergio Moro. Cunha está detido no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. O placar da votação no colegiado foi de dois votos contra a soltura de Cunha e um voto favorável ao habeas-corpus. Votaram para manter o peemedebista preso os ministros Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, e Dias Toffoli; o ministro Gilmar Mendes se posicionou pela liberdade do ex-presidente da Câmara, trocando a prisão preventiva por medidas cautelares. Os ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, que também integram a Segunda Turma, não participaram da sessão de hoje.
–
Joesley fica calado na CPMI
Convocado para prestar esclarecimentos em audiência conjunta da CPMI da JBS e da CPI do BNDES (Senado), o empresário Joesley Batista, controlador do grupo J&F, seguiu a orientação de seus advogados e não respondeu às perguntas dos parlamentares. Assim que o presidente do colegiado, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), passou a palavra a Joesley Batista, o advogado Ticiano Figueiredo esclareceu, conforme já havia feito em ofício enviado às CPIs na semana passada, que ele não responderia a nenhuma pergunta, respaldado pelo direito constitucional de permanecer calado. Preso desde setembro por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Joesley Batista chegou ao Senado pouco depois das 8h escoltado por agentes da Polícia Federal e acompanhado por seus advogados. Até começar a reunião, ele permaneceu aguardando em uma sala isolada. A estratégia do executivo, de permanecer em silêncio, foi a mesma adotada pelo irmão Wesley Batista e pelos ex-diretores da J&F Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva.
–
Novo míssil de Kim
A Coreia do Norte lançou um novo míssil às 2h47, horário de Pyongyang (16h47 de Brasília). Segundo autoridades japonesas, o míssil balístico intercontinental sobrevoou mil quilômetros antes de cair no mar do Japão, entre a Península Coreana e o país vizinho. Mais cedo, o governo japonês havia afirmado que detectara sinais de rádio sugerindo que a Coreia do Norte estaria preparando um novo lançamento de míssil. A agência de notícias japonesa Kyodo afirmou que o Japão está em alerta desde o começo da semana. A Coreia do Sul também reportou, mais cedo, uma movimentação observada na Coreia do Norte. É o 20º teste norte – coreano em 2017, e o terceiro a atingir o territorio japonês.
–
Explosão por excesso de hidrogênio
O porta-voz da Marinha argentina Enrique Balbi afirmou, na tarde desta terça-feira, que o submarino desaparecido ARA San Juan sofreu uma explosão causada pelo acúmulo de hidrogênio. O gás foi liberado após o curto-circuito em uma bateria da proa da embarcação. Ainda segundo ele, as baterias elétricas do submarino geram constantemente este elemento químico, que deve ser expelido da embarcação por ser potencialmente explosivo. Ontem, Balbi tinha afirmado que, no último contato da embarcação com a Marinha, os tripulantes avisaram que água havia entrado no snorkel e atingido a bateria. 44 tripulantes estavam no submarino, que está desaparecido desde o dia 15 deste mês.
–
Softbank oferece menos em ações da Uber
O Softbank fez uma nova oferta para comprar ações da Uber nesta terça-feira. Essa não é a primeira oferta que o conglomerado japonês de telecomunicações realiza. Segundo uma fonte da agência de notícias Reuters, a nova oferta avaliou a empresa em 48 bilhões de dólares, 30% menos do que a avaliação anterior, de 68,5 bilhões. A oferta do Softbank fica em torno do que a Uber valia em 2015, quando as ações da empresa foram vendidas por menos de 40 dólares, o que conferiu à companhia valor de 51 bilhões de dólares. Se aprovado, o grupo de investidores liderado pelo SoftBank terá dois assentos no conselho de administração. Embora o investimento seja menor, o SoftBank tem o apoio do atual presidente da Uber, Dara Khosrowshahi. Ele avalia que a presença do Softbanl limitará o poder de voto de alguns acionistas, como o ex-presidente executivo Travis Kalanick, centro de polêmicas recentes.