Nove estados têm 739 casos suspeitos de microcefalia
A notificação de Goiás foi a primeira fora do Nordeste. No ano passado, em todo o país, foram registrados 147 casos de microcefalia
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2015 às 14h24.
O número de casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos de oito estados da Região Nordeste (Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Ceará e a Bahia) e de Goiás chegou a 739 neste ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Esses estados nordestinos têm registrado aumento significativo no número de casos de microcefalia em relação aos anos anteriores.
A notificação de Goiás foi a primeira fora do Nordeste. No ano passado, em todo o país, foram registrados 147 casos de microcefalia.
O maior número de casos está em Pernambuco (487), primeiro estado a identificar aumento de microcefalia na região. Em 2014, Pernambuco registrou 12 casos.
Em seguida, estão a Paraíba (96), Sergipe (54), o Rio Grande do Norte (47), o Piauí (27), Alagoas (dez), o Ceará (nove), a Bahia (oito) e Goiás (um). Entre esses casos, há uma morte que pode estar relacionada à microcefalia, de acordo com o ministério. O caso está em investigação.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que, desde o início da notificação do aumento no número de casos de microcefalia, pesquisadores analisam a hipótese de relação da doença com a infecção pelo vírus Zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue.
“Pesquisadores, desde o início, estão estabelecendo uma correlação positiva entre a microcefalia e o vírus Zika”, disse o ministro, em entrevista a jornalistas.
“O que os pesquisadores estão dizendo é que podemos afirmar com segurança que é acima de 90% a probabilidade de ser verdadeiramente o Zika. Há pesquisadores que chegam a dizer que há 99,5% de certeza que é o Zika vírus. Se tivéssemos uma literatura internacional que nos respaldasse, não tinha nenhum problema. O problema é que tudo que está acontecendo no Brasil é inédito. No mundo todo, não há um caso de epidemia de Zika nem de surto de microcefalia como está acontecendo no Brasil”, completou.
Segundo o ministro, a hipótese foi reforçada por análises da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Exames de laboratório constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba cujos fetos foram confirmados com microcefalia por meio de exames de ultrassonografia. O material genético do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico.
O Ministério da Saúde analisa e investiga esse aumento dos casos de microcefalia em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de Saúde e instituições nacionais e internacionais. Recentemente, o ministério declarou emergência em saúde pública de importância nacional para dar maior agilidade às investigações sobre a elevação do número de casos.
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 centímetros.
O número de casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos de oito estados da Região Nordeste (Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Ceará e a Bahia) e de Goiás chegou a 739 neste ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Esses estados nordestinos têm registrado aumento significativo no número de casos de microcefalia em relação aos anos anteriores.
A notificação de Goiás foi a primeira fora do Nordeste. No ano passado, em todo o país, foram registrados 147 casos de microcefalia.
O maior número de casos está em Pernambuco (487), primeiro estado a identificar aumento de microcefalia na região. Em 2014, Pernambuco registrou 12 casos.
Em seguida, estão a Paraíba (96), Sergipe (54), o Rio Grande do Norte (47), o Piauí (27), Alagoas (dez), o Ceará (nove), a Bahia (oito) e Goiás (um). Entre esses casos, há uma morte que pode estar relacionada à microcefalia, de acordo com o ministério. O caso está em investigação.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que, desde o início da notificação do aumento no número de casos de microcefalia, pesquisadores analisam a hipótese de relação da doença com a infecção pelo vírus Zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue.
“Pesquisadores, desde o início, estão estabelecendo uma correlação positiva entre a microcefalia e o vírus Zika”, disse o ministro, em entrevista a jornalistas.
“O que os pesquisadores estão dizendo é que podemos afirmar com segurança que é acima de 90% a probabilidade de ser verdadeiramente o Zika. Há pesquisadores que chegam a dizer que há 99,5% de certeza que é o Zika vírus. Se tivéssemos uma literatura internacional que nos respaldasse, não tinha nenhum problema. O problema é que tudo que está acontecendo no Brasil é inédito. No mundo todo, não há um caso de epidemia de Zika nem de surto de microcefalia como está acontecendo no Brasil”, completou.
Segundo o ministro, a hipótese foi reforçada por análises da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Exames de laboratório constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba cujos fetos foram confirmados com microcefalia por meio de exames de ultrassonografia. O material genético do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico.
O Ministério da Saúde analisa e investiga esse aumento dos casos de microcefalia em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de Saúde e instituições nacionais e internacionais. Recentemente, o ministério declarou emergência em saúde pública de importância nacional para dar maior agilidade às investigações sobre a elevação do número de casos.
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 centímetros.