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Nova Friburgo tenta retirar moradores de áreas de risco

Levantamento inicial apontou que pelo menos 250 casas devem ser interditadas; Defesa Civil disse que retirada é feita de modo pacífico

A Defesa Civil acredita que mais casas podem estar em situação de risco (Walter Campanato / Agência Brasil)

A Defesa Civil acredita que mais casas podem estar em situação de risco (Walter Campanato / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 12h07.

Nova Friburgo, Rio de Janeiro - Enquanto bombeiros e militares unem esforços para resgatar corpos e ajudar sobreviventes das chuvas da semana passada, em Nova Friburgo, a Defesa Civil Municipal busca interditar casas e retirar moradores de imóveis que não foram afetados pelo temporal, mas que estão localizados em áreas de risco. Segundo o coordenador da Defesa Civil, coronel Roberto Robadey, o trabalho está sendo feito em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ).

Robadey explica que a identificação dos imóveis em áreas de risco está ocorrendo de duas formas: por meio dos moradores, que buscam ajuda da Defesa Civil, e por levantamentos geológicos e vistorias que estão sendo feitas por técnicos nos locais afetados.

“O trabalho está se encaminhando bem. As pessoas estão saindo [de suas casas] por bem. Não estamos tendo nenhum problema. Quem não tem onde ficar está ficando num abrigo. Quem pode, vai para a casa de vizinho ou parente. E muitas das casas que estão em área de risco já estão vazias”, disse o coordenador da Defesa Civil Municipal.

Ontem (18), a prefeitura de Nova Friburgo divulgou que pelo menos 250 casas teriam que ser interditadas. Mas, segundo o coordenador da Defesa Civil, esse número pode ser maior. “Tem lugar em que não conseguimos ainda fazer vistoria. Estou com uma pilha de fichas [de requisição de interdição], sem contar com os dados que o serviço geológico me traz todo dia, sobre 20 bairros, para ver 50 casas em cada local, às vezes”, disse Robadey.

De acordo com Robadey, além de retirar moradores de áreas de risco, a preocupação é evitar que as pessoas que saíram dessas casas durante o temporal voltem para os imóveis. “Isso [pessoas voltarem para a área de risco] sempre acontece. Em um desastre desse tamanho, isso vai acontecer. Nós vamos tentar coibir”, afirmou.

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